sábado, junho 26, 2010

DEUSA FREYA



Freya é considerada a mais bela das Deusas nórdicas. Ela se apresenta portando um encantado colar de âmbar e, ora um manto de plumas de cisnes, ora uma capa de pele de falcão. Viaja pelos céus em uma carruagem puxada por gatos.

Freya, outras vezes, aparece representada usando armas de guerra pois um aspecto seu presidia as batalhas. Geralmente as Deusas do amor são também Deusas da guerra, pois os dois estavam intimamente ligados, já que o poder da Terra, sua fertilidade energia feminina, da Deusa era concedida ao Rei vencedor das batalhas.

Deusa da magia e adivinhação, Freya ensinou os segredos das runas ao Deus Odin e foi quem iniciou os Deuses nas Artes Mágicas.

Freya é uma Deusa da vida e da morte. Ela é a líder das Valquírias as Amazonas Celestes que levavam as almas dos mortos nas batalhas para o seu reino. Porém, a essência de Freya é a vida, pois ela é a Deusa da fertilidade, da sexualidade, do amor e da beleza.

Os norte europeus denominaram a sexta-feira de "Friday" em homenagem a sua Deusa sensual, Freya. Mesmo contra a vontade da Igreja, os casamentos continuaram a acontecer neste dia visando atrair as bênçãos desta Deusa

Há vários mitos sobre Freya, um deles recorda o mito de Ísis à procura de Osíris.
Freya era casada com Odr e com ele tinha duas filhas. De repente seu marido desaparece. Freya sem entender, pois era muito feliz com ele, sente-se profundamente triste e derrama lágrimas sobre a Terra.

Estas se transformam em âmbar e ouro. A Deusa resolve procurar Odr. Ela anda por todos os lugares procurando o marido sem sucesso. Resolve viajar pelos Nove Mundos encontrando-o por fim. Odr está sentado em uma árvore contemplando o silêncio. Quando avista Freya seus olhos se iluminam de alegria. O casal retorna feliz para Asgard, a Casa dos Deuses.

Freya é uma Deusa extremamente poderosa. Filha de Njörd (Deus do Mar) e de Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas), ela é também protetora do matrimônio e dos recém-nascidos.

Com a habilidade de mudar de forma, a Deusa Freya é a senhora de seidr, uma técnica mágica de natureza xamânica que envolve transe, transmutação, cura, magia sexual, viagem do corpo astral. O seidr era praticado pelas Volvas, sacerdotisas de Freya, que não costumavam se casar, mas tinham muitos amantes.

Alguns homens também praticavam o seidr vestidos de mulher, isto como símbolo da tradição que afirmava que um homem deve se transformar em uma mulher a nível espiritual para servir à Deusa.
Vejo aqui a demonstração pura de como é de extrema importância para a evolução dos homens se conectarem com a sua própria energia feminina(conectar-se com a deusa não tem nada a ver com direcionamento sexual). Os xamãs guerreiros, por exemplo, passam primeiramente por esta iniciação no feminino, antes de serem considerados bons guerreiros.

Podemos ver que Freya é uma Deusa que abrange vários aspectos. Ela é uma Deusa Tríplice, uma Deusa de grande beleza, força e poder. A sexualidade e o amor são fortemente regidos por ela.

Tantos nomes para poder designar a mais gloriosa e brilhante deusa nórdica, e talvez mesmo assim ainda não se faça jus a tudo o que ela personificava e significava para os pagãos nórdicos.

Alguns autores consideravam Freya e Frigga aspectos de uma mesma Deusa, porém, as diferenças são óbvias. Enquanto Frigga é a padroeira da paz e da vida doméstica protetora da família, Freya é a regente do amor e da guerra, da fertilidade, da magia e da morte.

Chamada de “Afrodite nórdica”, Freya era considerada “A Senhora” e seu irmão Frey, “O enhor”, ambos invocados para atrair a fertilidade da terra e a prosperidade das pessoas.
Filha da deusa da terra Nerthus e do deus do mar Njord, Freya fazia parte das divindades mais antigas, Vanir, e foi cedida junto com o pai e o irmão ao clã dos Aesir, como parte do acordo firmado entre os dois clãs de deuses. Da análise de seu arquétipo, podem ser feitas algumas comparações com deusas de outras culturas e identificadas semelhanças.

Como Perséfone, Freya também se ausentava da terra por alguns meses, causando a queda das folhas e a chegada do inverno.
Da mesma forma que Hécate, Freya ensinou as artes mágicas às mulheres e era a padroeira das magas e das profetisas (völvas e seidhkonas).
Assim como Afrodite, Freya regia o amor e o sexo e teve numerosos amantes (segundo os comentários de Loki, todos os aesir, todos os elfos, quatro gnomos e alguns mortais), sendo considerada adúltera e promíscua pelos historiadores cristãos. Era casada com Odr, mas, em razão de seu desaparecimento por alguns meses do ano, Freya chora lágrimas de âmbar e ouro, procura-o e lamenta sua ausência. As duas deusas são aficionadas por ouro e jóias. Afrodite tem seu cinto mágico, Freyja usa o famoso colar Brisingamen e o nome de suas duas filhas - Hnoss e Gersemi, que significam, respectivamente, tesouro e jóia.
Cibele, em seu mito, era servida por sacerdotes eunucos; os magos nórdicos que usavam as práticas seidhr eram considerados efeminados e vistos com desdém pelos guerreiros que os apelidavam de ergi. Enquanto a carruagem de Cibele era puxada por leões, a de Freya era conduzida por gatos.
Também são citadas as deusas celtas Maeve, Morrigan e Macha, pois Freya tanto era guerreira, quanto sedutora, e usava a magia ou a astúcia para atingir seus objetivos.
Outras deusas correlatas são Anat, Ishtar e Inanna, que têm em comum com Freya os traços guerreiros, a licenciosidade amorosa, as habilidades mágicas e a morte e renascimento (ou retorno) de seus amados.
A escritora Sheena McGrath compara Freya não apenas a essas deusas, mas também a Odin, pois ambos se valiam do sexo para atingir seus propósitos. Ambos são adúlteros e ardilosos, viajam metamorfoseados entre os mundos e recebem as almas dos guerreiros mortos em seus salões.
Freya possuía um colar mágico, Brisingamen, obtido de quatro gnomos ferreiros, em troca do qual ela dormiu uma noite com cada um. Odin, com inveja dos poderes mágicos do colar, enviou Loki para que o roubasse. Ele se transformou em uma pulga e mordeu o pescoço de Freya que, ao se coçar, soltou o colar, permitindo que Loki o roubasse. Para reavê-lo, Freya teve que fazer algumas concessões para Odin com relação à disputa sobre os ganhadores nas batalhas (cada um deles queria a vitória para seus protegidos).
Freya vivia na planície de Folvangr (”campo de batalha”), em um palácio chamado Sessrumnir (”muitos salões”). Diariamente, ela cavalgava, como condutora das Valquírias, e recolhia metade dos guerreiros mortos em combate. Nesse aspecto, seu nome era Val-Freya. Como recompensa por ter iniciado Odin na prática da magia seidhr, Freya podia escolher quais heróis desejava, os demais cabiam a Odin. Ela também recebia as almas das mulheres solteiras.
Como Vanadis, Freya era a regente das Disir, que personificavam aspectos das forças da natureza (sol, chuva, fertilidade, abundância e proteção) e eram as matriarcas ancestrais das tribos, reverenciadas com o festival anial Disirblot, na noite de 31 de outubro.
A escritora Monica Sjöo considera Freya e Frigga deusas gêmeas ou, juntamente com Hel, parte de uma tríade, embora, tivessem atributos totalmente diferentes.
Freya também tinha seu aspecto solar: chamada de “Sol brilhante”, ela chorava lágrimas de ouro e âmbar, que eram também os nomes de seus gatos, chamados por Diana Paxson de Tregul (”ouro da árvore”) e Bygul (”ouro de abelha”). Sua busca por Odr seguiu a trajetória do Sol, conforme as mudanças de estações, o que também a ligava a terra. Com o nome de Mardal ou Mardöll, Freya era reverenciada como “o brilho dourado que aparece na superfície da água iluminada pelos raios do Sol poente”. Supõe-s que Gullveig (a enigmática giganta que disseminou a cobiça entre os deuses Aesir) tenha sido um disfarce usado por Freya, enfatizando sua paixão pelo ouro. E foi como a maga Heidhr, “A Brilhante”, que ela ensinou a magia seidhr a Odin.
Outras de suas manifestações são Hörn, “A fiandeira”, regente do linho; Dyr, representada como “A porca”, a protetora dos animais domésticos, e Defn, “A generosa”; mas sempre como “A Senhora”, real significado de seu nome (Frowe, Fru ou Frau).
Atributos: representação da feminilidade, do amor, do erotismo da vida, da prosperidade e do bem-estar. Também era a regente das batalhas, da guerra e da coragem. Era a senhora da magia, a padroeira das profecias e das práticas xamânicas seidhr ou seidr (compostas por transe, necromancia, magia e adivinhação). Suas sacerdotisas eram as völvas e serdhkonas. Freya era a deusa nórdica mais cultuada e conhecida; seu nome deu origem à palavra fru (que significa “mulher que tem o domínio sobre seus bens”), que acabou por se tornar, com o passar do tempo, o equivalente a “mulher”. Renomada pela beleza extraordinária e pelo poder de sedução, ela tinha formas exuberantes e aparecia com os seios desnudos, o manto de penas de falcão nos ombros e inúmeras jóias de ouro e âmbar

Sem comentários: