O UNIVERSO HOLOGRÁFICO…
Publicado em maio 15, 2010 por carmenarabela
Existe uma Realidade Objetiva ou o Universo é um Fantasma??
Em 1982 ocorreu um fato muito importante. Na Universidade de Paris uma equipe de pesquisa
liderada pelo físico Alain Aspect realizou o que pode se tornar o mais importante experimento
do século 20.
Você não ouviu falar sobre isto nas notícias da noite. De fato, a menos que você tenha o hábito
de ler jornais e revistas científicas, você provavelmente nunca ouviu falar no nome de Aspect.
E há muitos que pensam que o que ele descobriu pode mudar a face da ciência.
Aspect e sua equipe descobriram que sob certas circunstâncias partículas subatômicas como os
elétrons são capazes de instantaneamente se comunicar umas com as outras a despeito da distância
que as separe.
Não importa se esta distância é de 10 pés ou de 10 bilhões de milhas. De alguma forma uma partícula
sempre sabe o que a outra está fazendo.
O problema com esta descoberta é que isto viola a por muito tempo sustentada afirmação de Einstein
que nenhuma comunicação pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz.
E como viajar mais rápido que a velocidade da luz é o objetivo máximo para quebrar a barreira
do tempo, este fato estonteante tem feito com que muitos físicos tentem vir com maneiras elaboradas
para descartar os achados de Aspect.
Mas também tem proporcionado que outros busquem explicações mais radicais.
O físico da Universidade de Londres, David Bohm, por exemplo, acredita que as descobertas de Aspect
implicam em que a realidade objetiva não existe, que a despeito da aparente solidez o universo está
no coração de um holograma fantástico, gigantesco e extremamente detalhado. Para entender porque
Bohm faz esta afirmativa surpreendente, temos primeiro que saber um pouco sobre hologramas.
Um holograma é uma fotografia tridimensional feita com a ajuda de um laser.
Para fazer um holograma, o objeto a ser fotografado é primeiro banhado com a luz de um raio laser.
Então um segundo raio laser é colocado fora da luz refletida do primeiro e o padrão resultante de
interferência (a área aonde se combinam estes dois raios laser) é capturada no filme.
Quando o filme é revelado, parece um rodamoinho de luzes e linhas escuras.
Mas logo que este filme é iluminado por um terceiro raio laser, aparece a imagem tridimensional do
objeto original.
Um elétron está conectado com todos os outros em um universo holográfico. A tridimensionalidade
destas imagens não é a única característica importante dos hologramas.
Se o holograma de uma rosa é cortado na metade e então iluminado por um laser, em cada metade
ainda será encontrada uma imagem da rosa inteira.
E mesmo que seja novamente dividida cada parte do filme sempre apresentará uma menor, mas ainda
intacta versão da imagem original.
Diferente das fotografias normais, cada parte de um holograma contém toda a informação possuída
pelo todo.
A natureza de “todo em cada parte ” de um holograma nos proporciona uma maneira inteiramente
nova de entender organização e ordem.
Durante a maior parte de sua história, a ciência ocidental tem trabalhado dentro de um
conceito que a melhor maneira para entender um fenômeno físico, seja ele um sapo ou um átomo,
é dissecá-lo e estudar suas partes respectivas.
Um holograma nos ensina que muitas coisas no universo não podem ser conduzidas por esta abordagem.
Se tentamos tomar alguma coisa à parte, alguma coisa construída holograficamente, não obteremos
as peças da qual esta coisa é feita, obteremos apenas inteiros menores.
Este “insight” é o sugerido por Bohm como outra forma de compreender os aspectosda descoberta
de Aspect.
Bohm acredita que a razão que habilita as subpartículas a permanecerem em contacto umas com as
outras a despeito da distância que as separa não é porque elas estejam enviando algum tipo de
sinal misterioso, mas porque esta separação é uma ilusão.
Ele argúe que em um nível mais profundo de realidade estas partículas não são entidades
individuais, mas são extensões da mesma coisa fundamental.
Para capacitar as pessoas a melhor visualizarem o que ele quer dizer, Bohm oferece a seguinte
ilustração: Imagine um aquário que contém um peixe.
Imagine também que você não é capaz de ver este aquário diretamente e seu conhecimento
deste aquário se dá por meio de duas câmaras de televisão, uma dirigida ao lado da frente e
outra a parte lateral.
Holograma
Quando você fica observando atentamente os dois monitores, você acaba presumindo que o peixe
de cada uma das telas é uma entidade individual.
Isto porque como as câmeras foram colocadas em ângulos diferentes, cada uma das imagens será
também ligeiramente diferente.
Mas se você continua a olhar para os dois peixes, você acaba adquirindo a consciência de que
há uma relação entre eles.
Quando um se vira, o outro faz uma volta correspondente apenas ligeiramente diferente; quando
um se coloca de frente para a frente, o outro se coloca defrente para o lado.
Se você não sabe das angulações das câmeras você pode ser levado a concluir que os peixes
estão se intercomunicando, apesar de claramente este não ser o caso.
Isto, diz Bohm, é precisamente o que acontece com as partículas subatômicas na experiência
de Aspect.
Segundo Bohm, a aparente ligação mais-rápido-do-que-a-luz entre as partículas subatômicas
está nos dizendo realmente que existe um nível de realidade mais profundo da qual não estamos
privados, uma dimensão mais complexa além da nossa própria que é análoga ao aquário.
E ele acrescenta, vemos objetos como estas partículas subatômicas como se estivessem
separadas umas das outras porque estamos vendo apenas uma porção da realidade delas.
Estas partículas não são partes separadas mas sim facetas de uma unidade mais profunda e mais
subliminar que é holográfica e indivisível como a rosa previamente mencionada.
E como tudo na realidade física está compreendido dentro destes “eidolons”, o próprio universo
é uma projeção, um holograma.
Em adição a esta natureza fantástica, este universo possuiria outras características
surpreendentes.
Se a aparente separação das partículas subatômicas é uma ilusão, isto significa que em nível
mais profundo de realidade todas as coisas do universo estão infinitamente interconectadas.
Os elétrons num átomo de carbono no cérebro humano estão interconectados com as partículas
subatômicas que compreendem cada salmão que nada, cada coração que bate, e cada estrela que
brilha no céu.
Tudo interpenetra tudo e embora a natureza humana possa buscar categorizar como um pombal e
subdividir os vários fenômenos do universo, todos os aportes toda esta necessidade é de fato
artificial e todas de natureza que é finalmente uma rede sem sentido.
Em um universo holográfico, mesmo o tempo e o espaço não podem mais serem vistos como
fundamentais.
Porque conceitos como localização se quebram diante de um universo em que nada está
verdadeiramente separado de nada, tempo e espaço tridimensional, como as imagens dos peixes
nos monitores, também podem ser vistos como projeções de ordem mais profunda.
Este tipo de realidade a nível mais profundo é um tipo de super holograma no qual o passado,
o presente, o futuro existem simultaneamente.
Sugere que tendo as ferramentas apropriadas pode ser algum dia possível entrar dentro deste
nível de realidade super holográfica e trazer cenas do passado há muito esquecido.
Seja o que for que o super holograma contenha, é ainda uma questão em aberto.
Pode-se até admitir, por amor a argumentação, que o super holograma é a matriz que deu
nascimento a tudo em nosso universo e no mínimo contém cada partícula subatômica que existe
ou existirá – cada configuração da matéria e energia que é possível, de flocos de neve a
quasars, de baleias azuis aos raios gamma.
Deve ser visto como um tipo de “depósito” de “Tudo que é”.
Embora Bohm admita que não há maneira de saber o que mais pode estar oculto no super holograma,
ele se arrisca em dizer que não temos qualquer razão para admitir que ele não contenha mais.
Ou, como ele coloca, talvez o nível super holográfico da realidade é um simples estágio além
do que repousa “uma infinidade de desenvolvimento posterior”.
Segundo David Bohm e agora outros cientístas, o universo é na verdade um super-holograma.
Tradução do original:
Reality – the Holographic Universe – 03/16/97.
Arquivo postado como REALITY.ASC na lista KeelyNet BBS em 24 de fevereiro de
1991.
Publicado em maio 15, 2010 por carmenarabela
Existe uma Realidade Objetiva ou o Universo é um Fantasma??
Em 1982 ocorreu um fato muito importante. Na Universidade de Paris uma equipe de pesquisa
liderada pelo físico Alain Aspect realizou o que pode se tornar o mais importante experimento
do século 20.
Você não ouviu falar sobre isto nas notícias da noite. De fato, a menos que você tenha o hábito
de ler jornais e revistas científicas, você provavelmente nunca ouviu falar no nome de Aspect.
E há muitos que pensam que o que ele descobriu pode mudar a face da ciência.
Aspect e sua equipe descobriram que sob certas circunstâncias partículas subatômicas como os
elétrons são capazes de instantaneamente se comunicar umas com as outras a despeito da distância
que as separe.
Não importa se esta distância é de 10 pés ou de 10 bilhões de milhas. De alguma forma uma partícula
sempre sabe o que a outra está fazendo.
O problema com esta descoberta é que isto viola a por muito tempo sustentada afirmação de Einstein
que nenhuma comunicação pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz.
E como viajar mais rápido que a velocidade da luz é o objetivo máximo para quebrar a barreira
do tempo, este fato estonteante tem feito com que muitos físicos tentem vir com maneiras elaboradas
para descartar os achados de Aspect.
Mas também tem proporcionado que outros busquem explicações mais radicais.
O físico da Universidade de Londres, David Bohm, por exemplo, acredita que as descobertas de Aspect
implicam em que a realidade objetiva não existe, que a despeito da aparente solidez o universo está
no coração de um holograma fantástico, gigantesco e extremamente detalhado. Para entender porque
Bohm faz esta afirmativa surpreendente, temos primeiro que saber um pouco sobre hologramas.
Um holograma é uma fotografia tridimensional feita com a ajuda de um laser.
Para fazer um holograma, o objeto a ser fotografado é primeiro banhado com a luz de um raio laser.
Então um segundo raio laser é colocado fora da luz refletida do primeiro e o padrão resultante de
interferência (a área aonde se combinam estes dois raios laser) é capturada no filme.
Quando o filme é revelado, parece um rodamoinho de luzes e linhas escuras.
Mas logo que este filme é iluminado por um terceiro raio laser, aparece a imagem tridimensional do
objeto original.
Um elétron está conectado com todos os outros em um universo holográfico. A tridimensionalidade
destas imagens não é a única característica importante dos hologramas.
Se o holograma de uma rosa é cortado na metade e então iluminado por um laser, em cada metade
ainda será encontrada uma imagem da rosa inteira.
E mesmo que seja novamente dividida cada parte do filme sempre apresentará uma menor, mas ainda
intacta versão da imagem original.
Diferente das fotografias normais, cada parte de um holograma contém toda a informação possuída
pelo todo.
A natureza de “todo em cada parte ” de um holograma nos proporciona uma maneira inteiramente
nova de entender organização e ordem.
Durante a maior parte de sua história, a ciência ocidental tem trabalhado dentro de um
conceito que a melhor maneira para entender um fenômeno físico, seja ele um sapo ou um átomo,
é dissecá-lo e estudar suas partes respectivas.
Um holograma nos ensina que muitas coisas no universo não podem ser conduzidas por esta abordagem.
Se tentamos tomar alguma coisa à parte, alguma coisa construída holograficamente, não obteremos
as peças da qual esta coisa é feita, obteremos apenas inteiros menores.
Este “insight” é o sugerido por Bohm como outra forma de compreender os aspectosda descoberta
de Aspect.
Bohm acredita que a razão que habilita as subpartículas a permanecerem em contacto umas com as
outras a despeito da distância que as separa não é porque elas estejam enviando algum tipo de
sinal misterioso, mas porque esta separação é uma ilusão.
Ele argúe que em um nível mais profundo de realidade estas partículas não são entidades
individuais, mas são extensões da mesma coisa fundamental.
Para capacitar as pessoas a melhor visualizarem o que ele quer dizer, Bohm oferece a seguinte
ilustração: Imagine um aquário que contém um peixe.
Imagine também que você não é capaz de ver este aquário diretamente e seu conhecimento
deste aquário se dá por meio de duas câmaras de televisão, uma dirigida ao lado da frente e
outra a parte lateral.
Holograma
Quando você fica observando atentamente os dois monitores, você acaba presumindo que o peixe
de cada uma das telas é uma entidade individual.
Isto porque como as câmeras foram colocadas em ângulos diferentes, cada uma das imagens será
também ligeiramente diferente.
Mas se você continua a olhar para os dois peixes, você acaba adquirindo a consciência de que
há uma relação entre eles.
Quando um se vira, o outro faz uma volta correspondente apenas ligeiramente diferente; quando
um se coloca de frente para a frente, o outro se coloca defrente para o lado.
Se você não sabe das angulações das câmeras você pode ser levado a concluir que os peixes
estão se intercomunicando, apesar de claramente este não ser o caso.
Isto, diz Bohm, é precisamente o que acontece com as partículas subatômicas na experiência
de Aspect.
Segundo Bohm, a aparente ligação mais-rápido-do-que-a-luz entre as partículas subatômicas
está nos dizendo realmente que existe um nível de realidade mais profundo da qual não estamos
privados, uma dimensão mais complexa além da nossa própria que é análoga ao aquário.
E ele acrescenta, vemos objetos como estas partículas subatômicas como se estivessem
separadas umas das outras porque estamos vendo apenas uma porção da realidade delas.
Estas partículas não são partes separadas mas sim facetas de uma unidade mais profunda e mais
subliminar que é holográfica e indivisível como a rosa previamente mencionada.
E como tudo na realidade física está compreendido dentro destes “eidolons”, o próprio universo
é uma projeção, um holograma.
Em adição a esta natureza fantástica, este universo possuiria outras características
surpreendentes.
Se a aparente separação das partículas subatômicas é uma ilusão, isto significa que em nível
mais profundo de realidade todas as coisas do universo estão infinitamente interconectadas.
Os elétrons num átomo de carbono no cérebro humano estão interconectados com as partículas
subatômicas que compreendem cada salmão que nada, cada coração que bate, e cada estrela que
brilha no céu.
Tudo interpenetra tudo e embora a natureza humana possa buscar categorizar como um pombal e
subdividir os vários fenômenos do universo, todos os aportes toda esta necessidade é de fato
artificial e todas de natureza que é finalmente uma rede sem sentido.
Em um universo holográfico, mesmo o tempo e o espaço não podem mais serem vistos como
fundamentais.
Porque conceitos como localização se quebram diante de um universo em que nada está
verdadeiramente separado de nada, tempo e espaço tridimensional, como as imagens dos peixes
nos monitores, também podem ser vistos como projeções de ordem mais profunda.
Este tipo de realidade a nível mais profundo é um tipo de super holograma no qual o passado,
o presente, o futuro existem simultaneamente.
Sugere que tendo as ferramentas apropriadas pode ser algum dia possível entrar dentro deste
nível de realidade super holográfica e trazer cenas do passado há muito esquecido.
Seja o que for que o super holograma contenha, é ainda uma questão em aberto.
Pode-se até admitir, por amor a argumentação, que o super holograma é a matriz que deu
nascimento a tudo em nosso universo e no mínimo contém cada partícula subatômica que existe
ou existirá – cada configuração da matéria e energia que é possível, de flocos de neve a
quasars, de baleias azuis aos raios gamma.
Deve ser visto como um tipo de “depósito” de “Tudo que é”.
Embora Bohm admita que não há maneira de saber o que mais pode estar oculto no super holograma,
ele se arrisca em dizer que não temos qualquer razão para admitir que ele não contenha mais.
Ou, como ele coloca, talvez o nível super holográfico da realidade é um simples estágio além
do que repousa “uma infinidade de desenvolvimento posterior”.
Segundo David Bohm e agora outros cientístas, o universo é na verdade um super-holograma.
Tradução do original:
Reality – the Holographic Universe – 03/16/97.
Arquivo postado como REALITY.ASC na lista KeelyNet BBS em 24 de fevereiro de
1991.
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