terça-feira, julho 05, 2011

A meditação andando


A meditação andando
A meditação andando pode ser agradável. Caminhando lentamente, sozinhos ou com amigos, se possível num local bonito. A meditação andando tem como verdadeiro objetivo o prazer de caminhar — anda-se não para se chegar a algum lugar, mas só pelo andar. O propósito é o de se estar no momento presente, tendo plena consciência da respiração, da caminhada e de apreciar cada passo. Para que isso seja possivel, devemos livrar-nos de todas as preocupações e ansiedades, não pensar no futuro, nem no passado, só vivendo o momento presente. Podemos andar de mãos dadas com uma criança. Caminhamos passo a passo como se fossemos os seres mais felizes da Terra.

Embora andemos o tempo todo, o nosso andar assemelha-se mais a uma corrida. Quando caminhamos quase correndo, imprimimos ansiedade e tristeza na Terra. É preciso que andemos de forma que só deixamos paz e serenidade sobre a Terra. Podemos todos faze-lo desde que o desejemos muito. Qualquer criança consegue fazê-lo. Se podemos dar um passo desta maneira, poderemos dar dois, três, quatro e cinco. Quando formos capazes de dar um passo cheio de paz e felicidade, estaremos a trabalhar pela causa da paz e da felicidade de toda a humanidade. A meditação andando é uma prática maravilhosa.

Quando fazemos meditação andando ao ar livre, caminhamos um pouco mais devagar do que o nosso ritmo normal e coordenamos a nossa respiração com os nossos passos. Por exemplo, podemos dar três passos por cada inspiração e três passos por cada expiração. Podemos, então, dizer, "Inspirando, inspirando, inspirando. Expirando, expirando, expirando." Dizer "Inspirando" serve para nos ajudar a identificar a inspiração. Sempre que chamamos algo pelo seu nome, estamos a fazer com que seja mais real, como quando dizemos o nome de um amigo.

Se os seus pulmões preferem quatro passos em vez de três, dê-lhes quatro passos, por favor. Se eles querem apenas dois, dê-lhe dois. A duração da sua inspiração e da sua expiração não tem que ser a mesma. É possível, por exemplo, que dê três passos ao inspirar e quatro ao expirar. Se se sentir feliz, sereno e alegre enquanto caminha, é porque está a fazer o exercício corretamente.

Esteja atento para ao contato dos seus pés e a Terra. Caminhe como se estivesse beijando a Terra com os pés. Já prejudicamos muito a Terra. Agora é a hora de cuidarmos dela. Trazemos nossa paz e nossa serenidade à superfície da Terra e compartilhamos a lição do amor. É tendo isso em mente que caminhamos. De quando em quando, ao ver algo bonito, podemos parar para contemplação — de uma árvore, uma flor, crianças brincando. Enquanto olhamos, continuamos atentos à nossa respiração, para não sermos enredados pelos nossos pensamentos e assim perdermos a beleza da flor. Quando quisermos voltar a nadar, é só começar de novo. Cada passo que dermos criará uma brisa fresca, renovando o nosso corpo e a nossa mente. Cada passo fará uma flor  abrir aos nossos pés. Isso só é possível se não pensarmos no futuro nem no passado, se soubermos que a vida só pode ser vivida no momento presente.

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