quarta-feira, setembro 21, 2011

Mitologia Grega: Perséfone


Mitologia Grega: Perséfone

  Na mitologia grega, foi a rainha do distante Mundo Infernal, que vigiava as almas dos falecidos. Era filha de Zeus e de Deméter, deusa da agricultura e irmã de Pluto, um deus secundário que presidia às riquezas, tendo nascido antes do casamento de seu pai com Hera. No início do mito, era uma garota despreocupada que colhia flores e brincava com suas amigas, mas quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a chamar a atenção, em sua adolescência, encantaram o deus Hades, o Plutão dos romanos e senhor dos mortos, que pediu-a em casamento. O pedido foi negado por Zeus, pai da jovem, por interferência de sua mãe, Deméter.. Hadesnão desistiu da jovem e donzela, daí também ser chamada de koré, e um dia quando ela colhia narcisos apareceu repentinamente em sua carruagem por uma abertura da terra, raptou-a e levou-a para seu reino subterrâneo para torná-la rainha Proserpina do distante Mundo Avernal, o Erebo, a vigilante das almas dos falecidos. Seu seqüestro realizado e sua descida ao Erebo, é a história mais conhecida de toda a mitologia grega. Embora ela não fosse um dos doze deuses olímpicos, foi a figura central nos Mistérios de Elêusis, que por dois mil antes do cristianismo foi a principal religião dos gregos. Sua mãe, Deméter, ficou inconsolável e não aceitou a situação, deixou o monte Olimpo, persistiu em conseguir o seu retorno. Finalmente forçou Zeus a considerar seus desejos e este ordenou que Hades devolvesse sua neta. Mas Hades foi astuto e planejou uma maneira de a prender para sempre aos infernos. Como quem comesse qualquer alimento no reino de Hades, ficava obrigado a retornar, ofereceu a sua amada uma romã, o símbolo do casamento, e ela inocentemente comeu alguns grãos. No momento em que estava partindo na carruagem de Hermes, que Zeus havia enviado para apanhá-la, Hades exigiu que ela deveria passar uma parte do ano no mundo dele. Com isso, ficou estabelecido que ela passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando se torna a sombria Proserpina. Desde então, cada vez que a rainha desce ao mundo dos mortos para encontrar o seu marido, o inverno chega na terra. Quando ela volta para a sua mãe é chamada Core, a eterna adolescente. Aí a primavera faz o inverno desaparecer e traz as flores e o verde da natureza e os grãos brotam, saindo da terra. Dessa maneira surgiu o mito do ciclo anual da colheita nos campos gregos. Na mitologia romana, a deusa foi identificada como donzela, Cora, associada com os símbolos de fertilidade: romã, o grão, o milho, e ainda, com o narciso, a flor que a atraiu. O seu rapto foi celebrado por poetas como Ovídio e também serviu de tema para diversos pintores do Renascimento. Nos Mistérios de Elêusis os gregos festejavam a renovação da vida depois da morte através da volta anual da deusa do Inferno. Embora tumultuado no início, desenvolveu amor por Hades e ambos tinham uma relação calma e amorosa. É normalmente descrita como uma mulher de cabelos claros, possuidora de uma beleza estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles, Pírito e Adônis, e por causa deusa beleza se tornou rival de Afrodite. Conta-se, ainda, que Zeus, seu pai não resistiu a sua beleza e teve amor com a própria filha, sob a forma de uma serpente e dessa relação teria nascido Sabásio, que com sua habilidade notável, coseu Baco na coxa de seu pai.

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