ARQUÉTIPO DA
PROVEDORA DA VIDA
É pelo poder de Ísis, através de seu amor, que o homem afogado na luxúria e
na paixão, eleva-se a uma vida espiritual. Ísis, antes de tudo, é provedora da
vida. Comumente é representada amamentando seu filho Hórus, pois ela é a mãe
que nutri e alimenta tudo que gera. Ísis com seu bebê no colo, acabou
transformada na Virgem Maria com o menino Jesus.
Embora Isis fosse considerada como mãe universal ela era venerada como
protetora das mulheres em particular. Sendo aquela que dá a vida, que presidia
sobre vida e morte, ela era protetora das mulheres durante o parto e confortava
aquelas que perdiam seus entes queridos. Em Ísis, as mulheres encontravam o
apoio e a inspiração para prosseguirem com suas vidas. Ísis proclamava ser, em
hinos antigos, a deusa das mulheres e dotava suas seguidoras de poderes iguais
aos do homem.
Esta Deusa é também freqüentemente representada como uma Deusa negra. Este
fato está diretamente associado ao período de luto de Ísis (morte de Osíris),
quando ela vestia-se de preto ou ela própria era preta.
As estátuas pretas de Ísis tinham também um outro sentido. Plutarco declara
que "suas estátuas com chifres são representações da Lua Crescente,
enquanto que as estátuas com roupa preta significavam as ocultações e as
obscuridades nas quais ela segue o Sol (Osíris), almejando por ele.
Conseqüentemente, invocam a Lua para casos de amor e Eudoxo diz que Ísis é quem
os decide".
No Solstício de Inverno, a Deusa, na forma de vaca dourada, coberta por um
traje negro, era carregada sete vezes em torno do Santuário de Osíris morto,
representando as perambulações de Ísis, que viajou através do mundo pranteando
sua morte e procurando pelas partes espalhadas de seu corpo. Este ritual, era
um procedimento mágico, que tencionava prevenir que a seca invadisse as regiões
férteis do Nilo, pois a ressurreição de Osíris era, naquela época, um símbolo
da enchente anual do Nilo, da qual a fertilidade da terra dependia.
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