sábado, outubro 20, 2012


RAIVA: LUTAR OU FUGIR?



A raiva é um sentimento natural que desencadeia um impulso ou reação para luta através dos mesmos mecanismos fisiológicos do stress:aumento nos níveis de adrenalina e cortisol. Este sentimento ocorre diante de uma ameaça real ou simbólica à nossa auto-estima. Exemplo: quando nos sentimos injustiçados, humilhados, mal-tratados, desrespeitados, quando não conseguimos dizer “NÃO”, etc.
Uma das nossas primeiras manifestações de raiva ocorre quando ainda bebês, no momento em que esperneamos ao sentir fome, sendo sanada pela mamadeira ou pelo leite materno. É importante dizer isto porque, no momento em que não conseguimos expressar adequadamente a raiva, voltamos ao estágio primário, onde a raiva era atenuada pela comida. Comer = relaxar. Existem muitas pessoas obesas atualmente e com diversos problemas de saúde por causa deste mecanismo.
A raiva é uma emoção que a sociedade tende a reprimir; há pessoas que sentem culpa em senti-la, há pessoas que nem ao menos conseguem controlá-la. A raiva interiorizada passa a nos deprimir. Exemplo: Diante de um apelido maldoso a pessoa pode não expressar a raiva, mas sente-se humilhada. Agredir, meramente, aumenta ainda mais a culpa e não melhora profundamente nossa auto-estima. Omitir provoca o bloqueio da raiva e, que por si só, realimenta posteriormente a mesma.
“Lutar ou fugir”? O que fazer? É essencial que desenvolvamos a assertividade, que consiste na comunicação apropriada com o cerne do problema sem que isto cause ansiedade. A comunicação assertiva se baseia na afirmação dos próprios direitos de sentir e expressar pensamentos e crenças de forma honesta e adequada e de modo que não infrinja o direito das outras pessoas. 

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