O Santo Guerreiro
Dia: 23 de abril
A quem ajuda: é a força de Deus na luta dos excluídos
e marginalizados da sociedade.
Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era
imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado
chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a
temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.
Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence
à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai.
Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e
habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de
conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma,
exercendo altas funções.
Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de
matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto
imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com
aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram
falsos deuses.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um
membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus
Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem
desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O
tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge
respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis,
e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de
vós para dar testemunho da verdade."
Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou
fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era
levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar
os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um
Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus,
verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas
passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem
soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro,
mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. Sua
sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina.
A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu
culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande
penetração no Ocidente.
Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás
terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num
cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo
nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.
Lendas: um horrível dragão saía de vez em quando das
profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a
morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as
populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. um dia
coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada
pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a
com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente
destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro
vindo da Capadócia. Era São Jorge.
O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo
reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa
corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os
habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro
lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o
dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.
Datas Marcantes No século XII, a arte, literatura e
religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e
armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho,
vencendo um dragão. São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do
mal, da dominação e exclusão.
Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São
Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes
durante a história.
Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no
século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria.
A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI.
No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S.
Sebastião e S. Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja
de Roma a cabeça de S. Jorge.
A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No
ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A
Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São
Jorge...
Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos
cavaleiros de São Jorge.
Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge,
padroeiro da Inglaterra até hoje.
Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para
lutar contra os turcos.
As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção
a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de
cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no
cristianismo.
Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja,
isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.
O Sr. Cardeal D. Eugenio Sales, assim se pronunciou: "A
devoção de São Jorge nos deve levar a Jesus Cristo". Pela palavra do
Cardeal Sales sentimos a autenticidade do Culto a São Jorge.
Sem comentários:
Enviar um comentário