quinta-feira, setembro 14, 2006

AS CENTÚRIAS DE NOSTRADAMUS

AS CENTÚRIAS DE NOSTRADAMUS

Lubélia Travassos

Nostradamus, o maior Profeta de todos os tempos, fez centenas ou até milhares de profecias. Revelou que as suas previsões ultrapassariam o ano 3000, iriam até 3797. Este famoso profeta nasceu em 1503, em Saint-Rémy de Provence, sul de França, descendente de uma família Judia, recém convertida, denominada na época “Cristãos Novos”. Aos 14 anos começou a estudar humanidades, gramática, filosofia, hebraico, grego, latim, retórica e arte, num famoso centro renascentista, em Avinhão, além da “ciência celestial” da astrologia, sob a tutela do avô.
Lá, esteve em contacto com pessoas, de ideias avançadas para a época, que vislumbravam uma nova teoria revolucionária, consideradas heréticas pelos Cânones. Então, a família resolveu mandá-lo para a Universidade de Montpellier para estudar medicina, com medo de represálias da Inquisição. Após três anos, com bacharelato em medicina, andou pelas províncias a auxiliar as vítimas da peste, que assolava a Europa. Voltou a Montpellier quatro anos depois para terminar os estudos de medicina e foi-lhe oferecido um lugar de mestre na escola. Casou em Agen, em 1534 com uma jovem de alta posição e teve dois filhos, mas em 1537 a peste chega a Agen e a mulher e os filhos morrem de repente. Incapaz de ajudar a família, decide percorrer a França e Itália, e trabalhar contra a peste.
Em 1547, volta a casar com uma jovem viúva rica, com quem teve três filhos e três filhas. Passa a viver em Salon e escreve um almanaque anual de previsões meteorológicas, de grande sucesso, além de outros livros de cosmética e receitas diversas e os seus métodos de conservação. Em Maio de 1555 publica a primeira edição do seu famoso livro de profecias, as “Centúrias”, só com as três primeiras Centúrias e mais 54 quadras da quarta, organizadas por ordem cronológica, narrando a história passo a passo, com interpretações sempre coerentes. Escreveu as profecias em quadras, compiladas em grupos de cem, daí, denominarem-se “Centúrias”, no último andar da sua casa, em Salon, transformado em estúdio e observatório. Sendo que as suas profecias demonstravam ser cada vez mais exactas, a sua fama começou a espalhar-se por toda a parte.
Ele afirmava que as suas previsões eram divinamente inspiradas e apoiadas por cálculos astrológicos. Acredita-se que o espírito de profecia que dominava Nostradamus vinha por meio do coração de Saint Germain, um grande Mestre da Fraternidade Branca Universal. O próprio profeta descreveu o cenário em que recebia as suas profecias: «Quando estava sozinho, à noite, no seu observatório secreto, surgia da solidão uma pequena chama violeta, que originava coisas consideradas irreais. Então, depois de estar tudo preparado, aproximava-se o Esplendor Divino, que o profeta sugere, entrava num estado de meditação e começava a registar manualmente o que o “divino” lhe comunicava».
Dada a época ser de tempos perigosos, de calúnias vindas de homens perversos que, com facilidade, acusavam alguém de feitiçaria ou magia negra e queimavam-no em fogueiras, as suas obras proféticas escritas, de forma obscura e enigmática, em francês arcaico, envoltas em códigos de construções latinas e gregas, foram usadas em anagramas, e registadas em prosa mística, difíceis de compreender. Embora as considerasse acessíveis, o método usado tinha a ver com os perigos que enfrentava, pois não queria ser executado por potenciais adversários, da Igreja ou do Estado, nem queria interferir com a vontade de Deus, ao revelar prematuramente as profecias transmitidas. É importante salientar, que a sua obra foi escrita para o século XX, por ser nesse século que recai a maior parte das suas profecias, pois ele sabia que só nesse século seria compreendida.
Nostradamus atingiu o topo do sucesso, em Agosto de 1555, quando o jovem Rei Carlos IX e a mãe, a rainha Catarina de Médicis, apaixonada pelas ciências ocultas, visitaram o profeta. A rainha depois instalou-o na Corte, concedeu-lhe o título de Conselheiro e Médico do Ordinário, e toda a nobreza o procurava para que ele elaborasse horóscopos e previsões astrais. Continuou a escrever as Centúrias e, em 1557, saiu uma segunda edição do livro aumentado até à sétima centúria, em cujo corpo principal foi imprimida uma longa epístola dedicada a Henrique II. Foi consagrado grande profeta, ainda, durante o seu tempo de vida, após a morte trágica de Henrique II, prevista pelo profeta na sua quadra 35 da Centúria I. Mas, em 1561, cansado da vida superficial da Corte, voltou para a sua casa em Salon. A 2 de Julho de 1566 é encontrado morto no seu gabinete de trabalho, não sem antes ter feito o seu testamento no mês anterior à sua morte, que já previa, na última quadra das suas Centúrias, presságio 141.
Predisse, no passado, a revolução francesa, a queda da monarquia e decapitação da família real, à excepção da duquesa, filha de Maria Antonieta e do delfim Luís XVII, retirado secretamente do país, que o profeta diz: “Um será testemunha!”. Também vaticinou toda a vida de Napoleão, de forma clara, e muitos outros acontecimentos.
Quanto ao futuro próximo, no novo Milénio, ele e outros profetas vaticinaram o declínio da Fé e a eclosão de enormes rebeliões pelo mundo. A quadra que fala nas mudanças na Santa Sé é muito clara. Relaciona a mudança da Igreja de Roma para Jerusalém, com a vitória do Evangelho, assim como o nascimento do Socialismo Cristão universal, regido pela Igreja, em que os homens compreenderão que são todos irmãos. Em várias quadras fala em “três reis temporais”, que se pode entender como sendo três grandes potências, ou ser interpretado por três Guerras Mundiais ou a presença de três Anticristos.
A humanidade já passou por duas Guerras. Quanto à III Guerra Mundial, a quadra que a descreve, retrata o lançamento de um míssil atómico balístico intercontinental contra Nova Iorque, atingindo também os grandes lagos. Embora o míssil seja interceptado por um contra-míssil de defesa do já famoso projecto Guerra das Estrelas, algumas ogivas se desprenderiam e detonariam, não atingindo o solo. É já notória a presente preocupação dos EUA, com testes exaustivos dos mísseis de defesa. Nostradamus diz, ainda, que “o céu queimará!”. Deve referir-se às detonações termonucleares, que em função dos contra-mísseis, dar-se-ão sobre o mar. Nova Iorque não será completamente destruída, mas sofrerá a contaminação do vento atómico. Há, também, várias profecias que falam das “provas” que os Ingleses irão enfrentar, cujo ponto culminante será na última fase da III Guerra Mundial.
Ele viu os atentados em Nova Iorque, cujo símbolo está em todas as Centúrias, pela Grande Senhora, a Estátua da Liberdade, e ao Pentágono. Seriam os maiores acontecimentos depois do fim da Guerra no Golfo e que, perante o terror inesperado, os EUA construiriam uma aliança mundial anti-terror. Mas, esse terror declararia que todos os países aliados dos EUA seriam, igualmente, alvo de atentados terroristas e, assim que o Afeganistão e o Iraque entrassem no auge do conflito, as ameaças começariam a cumprir-se. Nostradamus e outros profetas dizem, que os principais mentores deste crime monstruoso se esconderiam em grutas nas montanhas de Tora Bora, no Afeganistão e, que o chefe do terror, subentende-se “Bin Laden”, transformar-se-ia num mártir do Islão, fazendo com que desencadeasse ainda mais o ódio dos extremistas, contra os EUA e os seus aliados. Quase toda a Europa seria alvo de perseguições movidas contra os muçulmanos, chegando ao ponto de serem felizes os que conseguissem sair da Europa e dos EUA antes do início da III Guerra Mundial. Algumas passagens das Centúrias prevêem que um Presidente dos EUA se for reeleito (poderá ser Bush), e outro de França, serão vítimas de terror. Nostradamus diz: “um novo presidente americano será morto!” Astrólogos americanos dizem que pesa sobre Bush uma maldição, por ter sido eleito num dos anos pressagiados em que os presidentes dos EUA são assassinados. Será que isso acontecerá?

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