sexta-feira, julho 17, 2009

Processo de Morte




Compreenda Como se processa a morte (do corpo físico)

A expressão "morte" refere-se somente à forma. O Espírito é imortal. Nascimento e morte são, também, termos relativos; o que chamamos morte é, realmente, um nascimento no mundo espiritual e o que chamamos nascimento é, temporariamente, uma morte no mundo espiritual. Quando esgotamos as possibilidades de uma vida é necessário passar a esferas superiores pelo processo da morte, tão geralmente temida sem razão. O chamado Átomo-semente do Corpo Físico está localizado no coração. Este Átomo-Semente chama-se na linguagem Rosacruz, "O Livro de Deus", porque todas as experiências de nossas vidas passadas estão nele inscritas. Este átomo especial é permanente e será levado connosco através, de todas as existências futuras, formando a base da nossa individualidade por toda a eternidade. A morte é ocasionada pela ruptura da união entre o Átomo-Semente e o coração. Depois da morte as forças inerentes ao Átomo-Semente e aos veículos superiores, como o Corpo Vital, o Corpo de Desejos e a Mente, abandonam o Corpo Denso pelo alto da cabeça. Contudo, o Espírito e os veículos superiores permanecem em contacto com o Corpo Físico, por meio do Cordão Prateado, durante uns três dias e meio aproximadamente. O Cordão Prateado é tríplice: um segmento é constituído de éter, outro de matéria de desejos e o outro de matéria mental. Esses segmentos estão ligados aos Átomos-Sementes dos respectivos corpos. A ruptura entre o Átomo-Semente do corpo denso e o coração ocasiona a sua paralisação ( morte clínica(1) ), mas o corpo ainda não está morto: a morte sobrevirá depois da ruptura do Cordão Prateado. Neste lapso de tempo, efectua-se um processo importante: a retrospecção do panorama da vida recém finda e a consequente gravação no corpo de desejos das imagens contidas nesse panorama(2). Durante a vida o éter reflector do corpo vital age como uma placa sensível em que são registados todos os pensamentos, emoções, incidentes e circunstâncias da vida. O éter inspirado na respiração leva consigo estas imagens que, por meio do sangue, se imprimem no corpo vital. Elas constituirão a base da experiência depois da morte. Durante um período de uns três dias e meio depois da morte, o Ego(3) concentra-se neste panorama que se desenrola perante ele, mas em ordem inversa, isto é, os incidentes da última parte da vida são os que aparecem primeiro no panorama. Se a concentração do Ego é profunda e não perturbada por ruídos, ou incômodos de nenhuma espécie, o registo é feito de modo profundo e claro e o espírito estará em situação de assimilar a totalidade do valor espiritual da vida que acaba de terminar. Porém, se o Espírito é perturbado pelas emoções, prantos ou lamentações de parentes, ou pelo tumulto de um campo de batalha, sua concentração é perturbada e as experiências da vida gravam-se ligeiramente ou deixam mesmo de se gravar totalmente no corpo de desejos. Neste caso, esta vida fica praticamente perdida, ou seja, perdem-se as experiências que, normalmente, teriam sido adquiridas. Devemos ter o máximo cuidado de cercar o recém desencarnado de um ambiente de tranquilidade, de maneira que não se perturbe essa retrospecção do panorama de sua vida, uma vez que dela dependerão o desenvolvimento da consciência e o incentivo para uma boa conduta nas vidas futuras. Outro processo que ocorre simultaneamente, é a separação dos éteres. Os dois éteres superiores, o Reflector e o de Luz, designados pela Filosofia Rosacruz como Corpo-Alma, separam-se dos inferiores, o éter químico e o de vida. Ligam-se aos veículos superiores e atravessam com estes, os mundos mais elevados, actuando como base da consciência nesses mundos, enquanto, os éteres inferiores ficam com o corpo físico, desintegrando-se com ele. Quando há perturbação em volta do corpo, durante o período da retrospecção da vida, esta divisão dos éteres não se efectua convenientemente. Não se deve dar estimulantes aos moribundos porque estes lhe causam sofrimentos. Estes estimulantes fazem voltar violentamente para dentro do corpo os veículos superiores e mantêm a agonia do indivíduo durante horas e dias, quando de outra maneira, podia deixar o corpo sem maior sofrimento. Nunca se deve empregar estimulantes nos casos em que se vê, claramente, que a vida não se poderá prolongar mais do que algumas horas ou dias. Depois da morte, o corpo deveria ser colocado numa câmara frigorífica, durante três dias e meio. Deveria evitar-se a embalsamação porque ela perturba a retrospecção panorâmica. Igualmente, deveria evitar-se a cremação neste período, visto o Espírito estar, ainda, em contacto com o corpo, por meio do cordão prateado e, até certo ponto, qualquer mutilação do corpo provoca dor. A cremação prematura dissipa os éteres e destroi a recordação panorâmica que estes contêm. Contudo, depois de três dias e meio, a cremação é aconselhável porque desintegra o corpo físico e os dois éteres inferiores, com seu magnetismo residual, deixando assim o Espírito em liberdade completa para seguir para os mundos suprafísicos. No caso de sepultamento, o magnetismo do corpo e os éteres inferiores ligam o Espírito á terra, durante um tempo variável, geralmente até que a decomposição chegue a um estado avançado ou se complete. Isso retarda o progresso do Espírito por alguns anos. Conhecendo os factos que se referem à morte, segundo determina a Filosofia Rosacruz, e utilizando devidamente este conhecimento, podemos prestar grande serviço aos amigos e conhecidos que morrem antes de nós. Igualmente, podemos deixar instruções para que os outros nos prestem este mesmo serviço quando chegar a nossa hora de cortar as amarras que nos prendem à vida física.

ANOTAÇÕES:

O PURGATÓRIO E OS CÉUS NÃO EXISTEM COMO LUGARES DE SOFRIMENTO OU DE RECOMPENSA,
MAS COMO ESTADOS DE CONSCIÊNCIA.

representação bi-dimensional de "Um Ciclo de Vida"

diagrama em o Conceito Rosacruz do Cosmos
(visualize a edição gráfica do diagrama A Life Cycle [Um Ciclo de Vida])
-------
(1) 'morte clínica': cessação cardiorrespiratória (diferente da convencionada e adoptada 'morte cerebral/encefálica/biológica').
(2) Descrição do processo de retrospecção que ocorre em morte sucedida de modo pacífico; para ver breve nota sobre o que ocorre em morte violenta clique aqui.
(3) Ego (tríplice espírito), também designado por 'Centelha Divina', 'Espírito', 'Eu Superior', ...

Tradução baseada nos temas nº13 e nº14 da The Rosicrucian Fellowship


Afinal, como é a morte?

I - INTRODUÇÃO À MORTE FÍSICA
processo fisiológico, consciência e transição em morte pacífica
por Alexandra B. Porter, Ph.D. (Agosto de 2002)


Compreenda mais sobre

OS PRÓS E CONTRAS DO ABORTO
O SUICÍDIO E EUTANÁSIA
O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS


Aprofunde mais...

Sem comentários: