domingo, novembro 22, 2009

Hermes Trismegisto


Hermes Trismegisto


A LENDA
Mais conhecido por seu nome romano, Mercúrio era o Mensageiro dos Deuses.
Hermes era fruto de mais um dos amores proibidos do grande Senhor Olímpico, era filho de Zeus e Maia, uma bela ninfa, filha do Titã Atlas, e uma das plêiades. Hera, a implacável esposa de Zeus, lançou sua raiva e ciúme sobre a ninfa, fazendo-a fugir para as montanhas, onde se escondeu numa caverna do Monte Cilene para dar à luz.
Exausta pela fuga e pelo trabalho de parto, Maia adormeceu depois de enrolar o bebê em faixas e colocá-lo numa cesta, no vão de um salgueiro, árvore sagrada que simbolizava a fecundidade e a imortalidade. Assim que viu a mãe em sono profundo, o ágil Hermes livrou-se das faixas e saiu em busca de aventura.
Queria mostrar aos deuses suas habilidades para ser aceito entre eles, provando ser digno de sua condição divina.
Então decidiu roubar o gado real que Apolo, o deus Sol, cultivava nos campos do rei Admeto, na Tessália. Levou cinqüenta reses.
Para encobrir os rastros, amarrou ramos secos nas patas e caudas dos animais e escondeu-os numa caverna.
Apolo, que estava distraído, nada percebeu. Quando descobriu o roubo, pediu aos sátiros de Sileno para procurarem o gado. Hermes matou dois animais como oferenda aos deuses. Das tripas esticadas e secas ao fogo fez as cordas que prendeu no casco vazio de uma tartaruga. E assim, mostrando sua genialidade, criou a lira, instrumento símbolo das artes na cultura ocidental. Depois, enrolou-se novamente nas faixas, deitou-se no berço e adormeceu. Quando Apolo compreendeu a trama, carregou Hermes para ser julgado perante Zeus. Zeus interrogou habilmente o filho, que insistia em negar sua façanha.
Depois de muita discussão, Zeus - que, no fundo, se divertia muito com as proezas do menino - ordenou a Hermes que devolvesse o gado e pedisse desculpas a Apolo. Então, advertiu-o que deveria respeitar a propriedade e prometer que nunca mais mentiria. Ao que Hermes respondeu: "Se assim é, faz de mim teu arauto, Pai (...) e ficarei responsável pela segurança de toda a propriedade divina, não direi mais mentiras, se bem que não possa prometer que direi sempre toda a verdade".
Zeus sagrou Hermes o Mensageiro dos Deuses, aquele que fazia as "pontes" entre deuses e deuses, entre deuses e homens e entre homens e homens. Era o único ser que podia descer aos Ínferos e retornar à Terra. Conduzia as almas ao reino dos mortos, o mundo de Hades, ao qual tinha livre acesso. Viajava constantemente entre o Olimpo, a Terra e os Ínferos. Hermes pode ser considerado o grande solteirão do Olimpo. Nunca se casou e tampouco teve uma companheira constante. Porém teve inúmeras aventuras amorosas e muitos filhos.
O seu caso amoroso mais importante foi com Afrodite. Desta união de uma noite só, nasceu Hermafrodita, um ser bissexual representado como um jovem com seios femininos e longos cabelos, cujos genitais são masculinos. A lenda de Hermes e seu culto sobreviveram até o século XVII através de Hermes Trimegisto, que se tornou para o mundo greco-latino, e sobretudo em Roma, um deus muito importante.
Resultante de um sincretismo entre o Hermes olímpico, o Mercúrio romano e o Thoth egípcio, que teria criado o mundo por meio da palavra, Hermes Trimegisto era "Hermes três vezes Máximo", como seu nome indica.
Dele restou uma obra literária, composta de vários escritos reunidos sob a epígrafe de "Corpus Hermeticum", que é uma fusão de Filosofia, Religião, Alquimia, Magia e, especialmente, Astrologia.
O MITO
Na mitologia grega ele foi identificado como o mensageiro dos deuses.
Hermes Trimegisto, "três vezes o maior", era como os gregos antigos o chamavam.
Os romanos o chamavam Mercúrio e o retratavam com sandálias aladas e um chapéu. Conhecido como o protetor das fronteiras e do comércio, ele instituiu a Alquimia, que se tomou depois à arte da química e da medicina; a astrologia que formou a base da astronomia; a matemática, a filosofia e praticamente todas as ciências modernas.
Hermes, considerado contemporâneo de Abraão, desenvolveu grande parte do que se tornaria a base para os ensinamentos esotéricos.
"Os princípios herméticos” podem ser encontrados tanto na mais antiga das doutrinas indianas quanto nos pergaminhos dos egípcios antigos, pois os homens sábios vinham de todas as partes para sentar-se aos pés do hábil Mestre.
Hermes foi e é o Grande Sol Central do Ocultismo, da magia e da Cabala, cujos raios têm iluminado todos os ensinamentos que foram publicados desde o seu tempo.
CABALA
"Todo saber é o sonho do impossível, mas ai de quem não ousa aprender tudo e não sabe que para aprender alguma coisa, é preciso resignar-se e estudar sempre! Dizem que para bem aprender é preciso esquecer várias vezes..."
Existe um alfabeto oculto e sagrado que os hebreus atribuem a Henoch, os Egípcios a Tot ou a Trimegisto, os gregos, a Cadmo e a Palamédio. Esse alfabeto, conhecido pelos Pitagóricos, compõe-se de idéias absolutas ligadas a signos e a números e realiza, por suas combinações, as matemáticas do pensamento.
Salomão havia representado esse alfabeto por 72 nomes escritos em trinta e dois talismãs e é o que os iniciados do Oriente denominam ainda de "as pequenas chaves ou clavículas de Salomão". Essas chaves são descritas e seu uso é explicado num livro cujo dogma tradicional remonta ao patriarca Abraão, é o Sopher Yétsinah que penetra o sentido oculto de Zohar, o grande livro dogmático da Cabala dos hebreus.
A necessidade de crer liga-se estreitamente à necessidade de amar. É por isso que as almas têm necessidade de comungar com as mesmas esperanças e com o mesmo amor. As crenças isoladas não passam de dúvidas.
A fé não se inventa, não se impõe, não se estabelece por convicção política; manifesta-se, como a vida, com uma espécie de fatalidade.
Tudo o que eleva o homem acima do animal, o amor moral, a abnegação, a honra são sentimentos essencialmente religiosos. As instituições como o lar, a pátria, se degradariam completamente e não saberiam existir, uma crença em alguma coisa maior do que a vida mortal, com todas as suas vicissitudes, suas ignorâncias e suas misérias.
A essência do objeto religioso é o mistério, uma vez que a fé começa no desconhecido e abandona todo o resto às investigações da ciência.
Mas para que o ato de não seja um ato de loucura, a razão quer que ele seja dirigido e regulado. Chega-se então a uma dupla definição; a verdadeira religião natural é a religião revelada, acima das discussões humanas pela comunhão da fé, da esperança e da caridade. Não há religião sem mistérios e nem mistérios sem símbolos.
Metáforas não deveriam ser confundidas com realidade nem fé com história.
O símbolo é a forma de expressão do mistério, ele só exprime sua profundidade desconhecida por imagens paradoxais emprestadas do conhecido.
Crer e saber são dois termos que nunca se podem confundir.
Ousemos apenas confirmar que existe um fato imenso, igualmente apreciável pela fé e pela ciência, um fato que torna Deus visível de algum modo sobre a terra, um fato incontestável e de alcance universal; esse fato é a manifestação no mundo, a partir da época em que começa a revelação cristã, de um espírito evidentemente divino, mais positivo que a ciência em suas obras, mais magnificamente ideal em suas aspirações que a mais elevada poesia, um espírito para o qual era preciso criar um nome novo e que é, tanto para a ciência quanto para a fé, a expressão do absoluto; a palavra é caridade e o espírito de que falamos é o espírito da caridade.
Diante da caridade, a fé e a ciência inclinam-se vencidas. Ela, por si só, leva à compreensão de Deus porque contém uma revelação inteira.
A UNIDADE
Para os iniciados da cabala, Deus é a unidade absoluta. A unidade da inteligência humana demonstra a unidade de Deus.
As matemáticas não poderiam demonstrar a fatalidade cega, uma vez que são a expressão da exatidão que é o caráter da mais suprema razão.
Na cabala, a unidade é, o princípio, a síntese dos números, é a idéia de Deus e do homem, é a aliança da razão e da fé. A fé não pode ser oposta à razão, é exigida pelo amor, é idêntica à esperança. Amar, acreditar e esperar, e esse triplo ímpeto da alma é chamado virtude, porque é preciso coragem para realizá-la.
A verdadeira magia
A verdadeira magia, isto é, a ciência tradicional dos magos, é inimiga mortal dos encantadores; ela impede ou faz cessar os falsos milagres, hostis a luz e fascinadores de um pequeno número de testemunhas despreparadas ou crédulas.
A desordem aparente nas leis da natureza é uma mentira; não é, pois, uma maravilha.
A maravilha verdadeira, o verdadeiro prodígio sempre resplandecente aos olhos de todos é a harmonia sempre constante dos efeitos e das causas, são os esplendores da ordem eterna!
Foi a alta magia que, apoiando o universo sobre as duas colunas de Hermes e Salomão, dividiu o mundo metafísico em duas zonas intelectuais, uma branca e luminosa encerrando as idéias positivas, a outra negra e obscura contendo as idéias negativas, e que deu à noção sintética da primeira o nome de Deus, à síntese da outra, o nome de Satã.
O diabo é o uso abusivo de uma força natural; não é nenhuma pessoa nem uma força; é um vício e, por conseguinte, uma fraqueza. O inferno não é um lugar, é um estado.
Existe um poder gerador das formas, que cria segundo as leis das matemáticas eternas, pelo equilíbrio universal. Os signos primitivos do pensamento, delineiam-se por si só na luz, que é o instrumento material do pensamento. Deus é a alma da luz. A luz universal e infinita é para nós como o corpo de Deus. A cabala ou a alta magia é a ciência da luz
Todos os mistérios por meio das chaves da magia cabalística, são encontradas as idéias de antagonismo e harmonia (antíteses) produzindo uma noção tributária na concepção divina, depois a personificação mitológica dos quatro pontos cardeais do céu, completa o setentrião sagrado, base de todos os dogmas e rituais.
A reforma religiosa de Moisés era inteiramente cabalística, e que o cristianismo, no instituir um dogma novo, simplesmente reaproximou-se das fontes primitivas do mosaísmo, e que o Evangelho não é mais que um véu transparente lançado sobre os mistérios universais e naturais da iniciação oriental.
Na cabala hebraica, o verbo ou a palavra, segundo os iniciados dessa ciência, é toda a revelação, os princípios da alta cabala que devem se encontrar reunidos nos próprios sinais que compõem o alfabeto primitivo.
Alquimia
A alquimia, precursora da química e da medicina, foi a ciência principal da idade média. A busca da pedra filosofal e da capacidade de transmutação dos metais, incluía não só as experiências químicas, mas também uma série de rituais. A filosofia Hermética era um dos seus alicerces, assim também como partes de Cabala e da Magia.
Ao longo do tempo, diversos alquimistas descobriram que a verdadeira transmutação ocorria no próprio homem, numa espécie de Alquimia da Alma; diversos outros permaneceram na busca sem sucesso do processo de transformações de metais menos nobres em ouro; afirma-se que alguns mestres atingiram seus objetivos.
A alquimia também preocupava-se com a Cosmogonia do Universo, com a astrologia e a matemática. Os escritos alquímicos, constituíam-se muitas vezes, de modo codificado ou dissimulado, daí, talvez a conotação dada ao termo hermético ( fechada), acessível apenas para os iniciados.
A alquimia é das ciências ocultas que, atualmente, mais interesse tem despertado não só pelos inúmeros livros que ao longo dos tempos foram escritos sobre a Arte Hermética, mas também, pela curiosidade de saber algo sobre a veracidade da misteriosa Pedra Filosofal, também conhecida por Medicina Universal.
Tem-se escrito muito sobre o simbolismo alquímico encontrado nas catedrais, palácios e até casas senhoriais. É, deveras um trabalho fascinante procurar desvendar o segredo contido nessas figuras esculpidas na pedra pelos artistas nossos antepassados como testemunho do seu envolvimento na ciência de Hermes.
No simbolismo alquímico, tanto quanto sabemos, não existiam nem existem regras fixas. Tudo era, e ainda é, deixado à imaginação dos seus autores e à sua criatividade. Por isso, como é óbvio, isto dá azo a especulações ditas "filosóficas" que, muitas vezes, nada têm a ver com a realidade alquímica.
Durante muito tempo a alquimia foi sinônimo de charlatanismo ou de ignara credibilidade. Muito do descrédito da alquimia era devido à falta de publicações sérias, pois muitas delas são imitações grosseiras, feitas por sopradores, (falsos alquimistas) dos verdadeiros e antigos textos, nas quais se une o absurdo com a ignorância.
Atualmente, devido ao grande número de traduções das obras clássicas mais importantes dos grandes Mestres, a opinião de muitas pessoas mudou completamente.
A palavra alquimia, do árabe, "al-khimia", tem o mesmo significado de química, só que, esta química, antigamente designada por espagíria, não é a que atualmente conhecemos, mas sim, uma química transcendental e espiritualista. Sabe-se, que al, em árabe, designa Ser supremo o Todo-Poderoso, como Al-lah. O termo alquimia, designa desde os tempos mais recuados, a ciência de Deus, ou seja a química de Al.
A alquimia é a arte de trabalhar e aperfeiçoar os corpos com a ajuda da natureza. No sentido restrito do termo, a alquimia sendo uma técnica é, por isso, uma arte prática. Como tal, ela assenta sobre um conjunto de teorias relativas à constituição da matéria, à formação de substâncias inanimadas e vivas, etc.
Para um alquimista, a matéria é composta por três princípios fundamentais, Enxofre, Mercúrio e Sal, os quais poderão ser combinados em diversas proporções, para formar novos corpos.
A alquimia operativa, aplicação direta da alquimia teórica, é a procura da pedra filosofal. Ela reveste-se de dois aspectos principais: a medicina universal e a transmutação dos metais, sendo uma, a prova real da outra.
Um alquimista, normalmente, era também um médico, filósofo e astrólogo, tal como Paraselso, Alberto o Grande, Raimundo Lúlio, Santo Agostinho, Frei Basílio Valentim e tantos outros grandes Mestres hoje conhecidos pelas suas obras reputadas de verdadeiras.
Cada Mestre tinha os seus discípulos a quem iniciava na Arte, transmitindo-lhe os seus conhecimentos. Além disso, para que esse conhecimento perdurasse pelos tempos, transmitiram-no também por escrito, nos livros que atualmente conhecemos, quase sempre escritos sob pseudônimo, de forma velada, por meio de alegorias, símbolos ou figuras.
É isto que dificulta o estudo da alquimia, porque esses símbolos e figuras não têm um sentido uniforme. Tudo era, e atualmente ainda é, deixado à obra e imaginação dos seus autores.
Eles não procuram o impossível, como vulgarmente se diz, mas sim a confirmação do que está descrito nos antigos tratados, que os Mestres nos legaram com vista à obtenção da Medicina Universal ou Pedra Filosofal.
O alquimista não é um fazedor de ouro como muita gente pensa. A transmutação só terá lugar, como já dissemos, como prova provada da veracidade da medicina universal ou pedra filosofal.
Hoje, como no passado, existem também alquimistas. Encontram-se em todos os extratos sociais, tal como diz Cyliani em Hermes Revelado: «Reis da Terra, se conhecêsseis o grande número de pessoas que se entregam, em segredo, nos nossos dias, à procura da pedra filosofal, ficaríeis admirados.»
Os seus adeptos normalmente trabalham em silêncio, num recanto das suas casas, onde têm instalado o seu pequeno laboratório. Os seus instrumentos, são cópia daqueles que os seus antepassados usaram, embora adaptados à condições atuais da energia calórica.
Hoje, a alquimia coabita pacificamente com a ciência e não é raro ver indivíduos com formação superior nos ramos da ciência, da medicina e das letras, praticarem a Arte Real.
Foram escritos milhares de livros sobre a Arte, pois ao que parece, desde fins da Idade Média até ao século XIX, a alquimia esteve na moda, e não só os gentis homens, nobres e cavaleiros, religiosos, clérigos e até alguns reis e papas, não só escreveram tratados sobre a Arte de Hermes, como também freqüentemente a praticaram. Como é óbvio, isso deu origem a que fossem escritos muitos livros que nada têm a ver com a verdadeira alquimia.
atualmente, os livros sobre a Arte Hermética são muito procurados. Infelizmente, existem muitos livros que aparentam ser obras sérias, mas não passam de pura especulação. Mesmo assim, são adquiridos não só por curiosidade, mas também na esperança de deles se poderem extrair alguns conhecimentos que permitam descobrir algo novo.
Não quero com isto dizer que não foram escritos livros sérios sobre a Arte Hermética. Esses livros existem e são hoje bem conhecidos pelos estudiosos e investigadores da alquimia. Muitos deles estão compilados no Theatrum Chemicum, na Bibliotheca chemica curiosa de Mangeti e na Bibliothéque des Philosophes Chimiques de Salmon.
Os dois primeiros podem encontrar-se em algumas bibliotecas públicas no nosso país, mas infelizmente, foram escritos em latim o que não está ao alcance de todos.
Há autores clássicos e, sobretudo, alguns modernos que, nos seus livros, encobrem intencionalmente o nome das matérias e o modus operandi, quando o poderiam ter feito numa linguagem subtil e filosófica, apenas entendida pelos verdadeiros alquimistas. Esses artistas eram, e ainda são, chamados "invejosos". No entanto, alguns Mestres como Alberto o Grande e Nicolau Flamel descreveram algumas das suas obras em linguagem clara, como refere Alberto o Grande no seu livro O Composto dos Compostos:
«Não ocultarei uma ciência que me foi revelada pela graça de Deus, não a guardarei ciosamente para mim, por temor de atrair a sua maldição. Qual a utilidade de uma ciência guardada em segredo, de um tesouro escondido? A ciência que aprendi sem ficções, vo-la transmito sem pena. A inveja transtorna tudo, um homem invejoso não pode ser justo ante Deus. Toda a ciência e toda a sabedoria provêm de Deus...»
No entanto, também recomenda que ela não seja revelada a quem não for merecedor de tais conhecimentos. Este é um procedimento que normalmente era, e ainda é usado para se transmitir a outrem o nome das matérias e o modus operandi da Obra.
«Recolhei as minhas palavras, lembrai-vos quantos mistérios encerram, porque neste curto trabalho reuni e expliquei o que mais de secreto há na alquimia; tudo foi dito simples e claramente, não omiti nada, tudo se encontra brevemente indicado e tomo Deus por testemunha de que nos livros dos Filósofos não se pode encontrar melhor do aquilo que vos disse. Por isso, te suplico, não confies este tratado a ninguém, não o deixes cair em mãos ímpias, porque encerra segredos dos filósofos de todos os séculos. Tal quantidade de pérolas preciosas não deve ser deitada aos porcos e aos indignos. Se, não obstante, isso suceder, rogo, então a Deus Todo-Poderoso que não consigas terminar, jamais, esta Obra divina.»
PRINCÍPIOS HERMÉTICOS
Nenhum fragmento dos conhecimentos ocultos possuídos pelo mundo foi tão zelosamente guardado como os fragmentos dos Preceitos Herméticos, que chegaram até nós, através dos séculos passados desde o tempo de seu grande estabelecedor, Hermes, o Trimegisto, o Mensageiro dos Deuses.
A palavra "conhecimento" corresponde exatamente à palavra grega "Gnosis", que os iniciados criaram, para não atribuir a si o maior atributo da Divindade, que é a Ciência.
"O Homem nada sabe, mas é chamado a tudo conhecer."
Do antigo Egito vieram preceitos fundamentais esotéricos ocultos, que influenciaram todas as raças, nações e povos. O Egito foi a pátria da Sabedoria Secreta, dos ensinamentos místicos e dele, todas as nações receberam a Doutrina Secreta.
Todos os preceitos fundamentais básicos introduzidos nos ensinos esotéricos de cada raça foram formulados por Hermes. Mesmo os mais antigos preceitos da Índia tiveram indubitavelmente a sua fonte nos Preceitos Herméticos originais.
De todos os lados do mundo antigo vinham os Mestres para se prostrarem aos pés do Mestre maior. E ali obtiveram a Chave-Mestra que explicava e reconciliava seus diferentes pontos de vista e assim foi consolidada a Doutrina Secreta.
Todos consideravam Hermes, o Mestre dos Mestres.
A obra de Hermes foi feita para implantar a grande Verdade-Semente e dissiminou-se rapidamente. Todavia as verdades originais ensinadas por ele foram conservadas intactas em sua pureza original, por pequeno número de homens e tem sido transmitida entre esses poucos, dos lábios aos ouvidos.
Sempre existiram alguns Iniciados que conservaram viva a chama sagrada dos Princípios Herméticos, e cuidando do Altar da Verdade, procuraram manter sempre acesa a lâmpada Perpétua da Sabedoria.
Nunca procuraram grande número de seguidores, nem se preocuparam com a aprovação popular, indiferentes porque sabem que poucos em cada geração estão preparados para a verdade e a reconhecerão quando ela lhes for apresentada.
Reservam a carne para os homens feitos, enquanto outros dão leite às crianças.
Em qualquer lugar que se ache vestígios do Mestre, os ouvidos dos que estiverem preparados para ouvir os seus ensinamentos se abrirão completamente. E quando os ouvidos estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para enchê-los com Sabedoria. No mais, os lábios estarão fechados, exceto para os ouvidos do Entendimento.
Mas não se pode obrigar uma raça mediana a admitir a verdade, reservada aos mais adiantados no caminho; o espírito da perseguição ainda não desapareceu da terra.
Se certos Preceitos herméticos fossem divulgados, seus propagadores seriam odiados e perseguidos pela multidão, aos gritos de: "Matai-os, Crucificai-os!".
CAIBALION significa tradição ou preceitos manifestados por um Ente de cima. No Egito funcionava a maior Loja dos Místicos. Por suas portas passaram Neófitos, que mais tarde, como Hierofantes, Adeptos e Mestres saíram para todas as partes do mundo, levando e transmitindo aos que mereciam os preciosos ensinamentos que receberam.
Por mais de um milênio, suas doutrinas permaneceram ocultas, acessíveis a pouquíssimas pessoas. Elas ficaram escondidas nos mistérios do ocultismo quando as sombras da idade média pairavam sobre a Europa e a terra estava repleta de guardiões da fé que torturavam e matavam todos que ousavam investigar os "segredos obscuros".
Hoje, muito se escreve sobre o conhecimento de Hermes e especialmente sobre os sete princípios por ele postulados, que formaram a pedra angular de todo conhecimento. A redescoberta destes princípios, feita por estudiosos que desenterraram manuscritos antigos em busca de sabedoria milenar, despertou grande interesse recentemente. Estes princípios, se utilizados, ajudam as pessoas a crescer e a amadurecer.
OS SETE PRINCÍPIOS DE HERMES
Estes sete princípios são leis imutáveis da natureza, eles não podem ser alterados ou destruídos, entretanto, a lei pode ser usada contra a lei, o mais alto contra o mais baixo, o mais baixo contra o mais alto.
Uma tora de madeira que está na corrente de um rio é levada por ele, está à mercê da correnteza.
Uma pessoa que nada na direção da corrente, pode usar os princípios de causa e efeito ou ação e reação para alcançar a margem do rio e não ser levado por ele.
E claro que você não precisa conhecer estes princípios para alcançar a margem; você simplesmente nada.
Mas se os conhecer e os utilizar, chegará à margem mais rapidamente e com maior segurança.
O mundo em que vivemos é uma espécie de rio, onde você pode optar entre ser a tora de madeira e deixar-se levar ou ser uma pessoa que busca os seus objetivos nadando ativamente para a margem desejada.
É claro que um Grande Pontífice sabe construir pontes para o seu próprio sucesso e para uma vida melhor para a humanidade, mas utilizando os Sete Princípios Poderosos, a ponte ficará pronta em menos tempo, será mais resistente e permitirá um maior número de pessoas atravessá-la, para construírem juntas o Grande Templo da Humanidade
O Princípio do Mentalismo;
O Princípio da Correspondência;
O Princípio da Vibração;
O Princípio da Polaridade;
O Princípio do Ritmo;
O Princípio da Causa e Efeito;
O Princípio do Gênero.
1- O PRINCÍPIO DO MENTALISMO: O UNIVERSO É UMA CRIAÇÃO MENTAL DE DEUS.
O Todo é mental e o Universo é Mental.
O Todo é Espírito, é incognoscível e indefinível em si mesmo, mas considerado como uma Mente Vivente Infinita e Universal. Todo o Universo é simplesmente uma Criação Mental do Todo, sujeito às Leis das Coisas Criadas, e tem sua existência na Mente do Todo, em cuja Mente vivemos e temos nossa existência.
Imediatamente esbarramos no grande problema inerente a este princípio, em geral ele é mal interpretado pelas pessoas.
Isto acaso significa que somos o sonho de alguma entidade infinita, tão distante de nós que nunca poderemos esperar que tenhamos um vislumbre de compreensão da natureza de DEUS, e portanto, da nossa própria.
Somos robôs sem poder, de algum cientista de laboratório onipotente? Somos criaturas destituídas de vontade própria? Não é assim.
Assim como o personagem de um romance é a criação do romancista e, portanto, um aspecto dele, nós todos somos parte do Criador, assim como o é tudo no Universo.
Nós somos aspectos da totalidade da criação. Assim como somos em relação a Deus, assim o nosso Universo é em relação a nós.
O seu mundo é muito real e muito seu. Mas pode não ser o meu mundo, pois, no sentido relativo, meu mundo é uma criação de minha mente, assim como o seu mundo é uma criação de sua mente.
Todas as coisas são vistas da posição relativa de nossas mentes e do que você pensa que vê. . Você pode ver urna situação como um problema e sua mulher pode pensar que é um desafio e ver a solução. É claro que todos estão certos, porque você realmente vê aquilo que pensa que vê.
Isto é verdadeiro apenas porque o mundo que vemos é a nossa criação mental; assim, se nós o criamos, poderemos, caso desejarmos, recriá-lo (para melhor ou pior).
Aquele que compreender a Verdade da Natureza Mental do Universo estará avançado no Caminho do Domínio.
Todo o Universo é Mental e quando o Homem dominar sua própria Mente, a colocará em sintonia com a Mente Universal e terá o domínio da Verdade.
2. O PRINCÍPIO DA CORRESPONDÊNCIA: ASSIM NO CÉU COMO NA TERRA; ASSIM NA TERRA COMO, NO CÉU.
O Princípio de Correspondência habilita o Homem a raciocinar inteligentemente do Conhecido ao Desconhecido.
Assim como acontece no plano físico, acontece no plano mental e, assim como acontece no plano mental, assim acontece no plano físico.
Se você aprender a controlar a sua mente , aprenderá a controlar o seu próprio mundo, pois assim como o Universo é urna criação mental de Deus, também o seu mundo pessoal é uma criação mental própria.
3. O PRINCÍPIO DA VIBRAÇÃO: TODAS AS COISAS ESTAO EM CONSTANTE E ININTERRUPTO MOVIMENTO. UMA MUDANÇA NA VIBRAÇAO CAUSA UMA MUDANÇA NA MANIFESTAÇAO.
Nada está parado, tudo se move, tudo vibra. Aquele que compreende o Princípio da Vibração, alcançou o Cetro do Poder.
O dia que o Homem conseguir dominar as 7 escalas da Vibração, elevar-se-á às vibrações mais sutis, ele receberá do Universo tudo o que necessita, basta dizer-se que até agora, estamos na 3ª escala, isto é, nas mais materiais vibrações conhecidas.
A saúde é uma vibração. A doença tem uma vibração. O sucesso tem uma vibração e o fracasso tem uma vibração. Ao mudar a vibração, você muda a manifestação.
Desde o Tod que é Puro Espírito, até a forma mais grosseira da matéria, tudo está em Vibração; quanto mais elevada for a vibração, tanto mais elevada será a posição na escala...
4. O PRINCÍPIO DA POLARIDADE: T0DAS AS COISAS SÃO DUPLAS. TUDO TEM SEU PAR DE OPOSTOS, E ESTES OPOSTOS SÃO DE NATUREZA IDÊNTICA, DIFERIMOS APENAS NO GRAU.
Quente e frio são a mesma coisa, como ficou provado no princípio anterior. Medo e fé. O medo é uma expectativa negativa, você está esperando que alguma coisa ruim aconteça; fé é uma expectativa positiva, você está esperando que alguma coisa boa aconteça. Diferem no grau, mas ambas são expectativas.
Tudo é duplo, tudo em pólos, tem o seu oposto, seu par contrário. O igual e o diferente são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, só diferem em grau. Os extremos se tocam, todas as verdades são meias-verdades, todos os paradoxos podem ser reconciliados.
O Bem e o Mal, O frio e o Calor, a Inteligência e a Ignorância, tudo é igual. É só uma questão de graus a mais ou a menos.
Tudo existe e não existe ao mesmo tempo, há dois lados de tudo, todo verso tem o seu reverso, Bem e Mal são a mesma coisa, apenas um é menos Mal e o outro é menos Bem.
O Baixo não passa de menos Alto, basta dizer que uma pessoa de determinada raça é mais baixa que outras raças que tem média mais alta.
O mundo, com toda certeza, seria melhor se ao invés de "Amai o vosso próximo" tivesse sido dito: "Veja o vosso próximo de um ponto de vista positivo".
Amar a alguém que está em desacordo com os nossos princípios é difícil, mas ver este próximo de um ponto de vista positivo é fácil.
E ponto de vista positivo é amor. 0 amor sempre é solução.
O conhecimento do Princípio, habilitará o discípulo a mudar a própria polaridade, e a dos outros, se ele consagrar o tempo e o estudo necessário para obter o domínio da Arte.
5. O PRINCÍPIO DO RÍTMO: TODAS AS COISAS TÊM A SUA MARÉ, UMA MARÉ BAIXA E UMA MARÉ ALTA.
Tudo se manifesta por oscilações compensadas, a medida do movimento à direita é a mesma do movimento à esquerda. O Ritmo é a compensação.
E se atentarmos para nossa vida, veremos que segue também um ritmo alterado com altos e baixos, de alegrias e tristezas.
Fluxo e refluxo podem depender de nós, desde que dominemos nossas reações e as elevemos. Usar Equilíbrio e Firmeza Mental.
E o que devemos fazer?
Controlar com força concentrada, que não haja nenhum excesso, nem de alegrias e nem de tristezas, pois o Princípio do Ritmo, fará com que esse excesso seja logo compensado por um excesso oposto.
Todas as coisas sofrem uma ascensão e uma queda. Há um ciclo rítmico de nascimento, crescimento, degradação e morte em todas as coisas.
Há ciclos e funções rítmicas que nos afetam constantemente, a cada momento do dia. Quando acorda, seu dia está nascendo, você inicia o ciclo do dia. Quando toma o café da manhã, você dá início a um ciclo que termina quando você acaba de tomar o café. Seu dia morre quando você vai dormir, período quando o seu ciclo da noite nasce.
Existem ciclos bem conhecidos, como o da lua (28 dias), o do sono (9O minutos) e outros que precisamos determinar para viver melhor, usando ao máximo o ponto alto e tentar diminuir o ponto baixo, elevando-o também.
Mediante o domínio próprio alguns evitam esta oscilação inconscientemente porém os Mestres o fazem conscientemente, mediante um grau de equilíbrio e firmeza mental, a pontos inacreditáveis.
Este Princípio e o da Polaridade forma estudados secretamente pelos Hermetistas e os métodos para impedi-los, neutralizá-los e empregá-los formam uma parte importante da Alquimia Mental do Hermetismo
6. O PRINCÍPIO DA CAUSA E EFEITO: CADA CAUSA TEM SEU EFEITO E CADA EFEITO TEM SUA CAUSA.
Toda Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa, tudo acontecendo de acordo com a Grande Lei, e o acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida. Há muitos planos de Causalidade, porém nada escapa à Lei.
Nada acontece por acaso. O acaso e a coincidência são o resultado de causa não reconhecida.
O acaso é simplesmente um modo de exprimir as causas obscuras, as causas que não podemos compreender, e se as compreendermos, veremos que são o resultado de uma cadeia de causas, criando esse efeito, o acaso.
Papus já dizia: "Acreditar sempre que as coisas acontecem porque tinham que acontecer ou por acaso, é demonstrar preguiça intelectual e covardia científica.
O seu mundo, o que você recebe dele, são efeitos das causas que você mesmo colocou.
Se plantou amor, colhe amor; se plantou ódio, colhe ódio.
Dizem que "a vida é um eco, se não gosta do que está recebendo, procure ver o que você está emitindo ".
Os Mestres elevam-se a planos superiores e dominando seu caráter, seu gênio e seus Poderes e qualidades, tornam-se causadores em vez de efeitos.
Empregam o Princípio ao invés de serem dirigidos por ele. Evitando a causa, livramo-nos dos Efeitos, assim como buscando apenas os efeitos positivos, começaremos por provocar uma causa também positiva...
7. O PRINCÍPIO DO GÊNERO: TODAS AS COISAS TEM UM ASPECTO MASCULINO E FEMININO.
O Gênero está em tudo, tudo tem seu Princípio masculino e seu Princípio feminino, o Gênero se manifestando em todos os planos.
Isto é certo não só no Plano Físico, mas também nos Planos Mental e Espiritual.
No Plano Físico, este Princípio se manifesta como sexo; nos Planos Mentais, toma formas superiores, mas é sempre o mesmo Princípio.
Nenhuma criação, quer física, mental ou espiritual é possível sem este Princípio.
A compreensão de suas leis poderá esclarecer a solução de muitos mistérios da Vida.
O Princípio do Gênero opera sempre na direção da geração, regeneração e criação. Geração no Plano Físico, regeneração no Plano Mental e criação no Plano Espiritual.
Todas as coisas masculinas tem também o lado feminino. Se compreendermos que a geração de uma idéia é a formação do gérmen dessa idéia, que a regeneração é o aperfeiçoamento dessa idéia, e a Criação é a realização completa da idéia, poderemos estudar e compreender este Princípio Hermético.
Os Gêneros se manifestam no plano físico e mental. A força masculina é a força extrovertida, positiva, instigante. A força feminina é a força introvertida, receptiva, negativa, criativa.
Isso não tem absolutamente nada a ver com os sexos feminino e masculino, embora sejam manifestações do princípio do gênero no plano físico.
Estas forças são básicas, intrínsecas a tudo, desde a menor molécula até o próprio universo. Tais forças, que alguns chamam de YANG e YIN, não têm valor, nenhuma delas é boa ou má, mas ambas são partes necessárias da existência.
Quem souber bem estas duas forças, por certo será uma pessoa de sucesso.
Para utilizar melhor os dois princípios (masculino e feminino), precisamos desenvolver a nossa imaginação e a intuição, o que se consegue com a utilização do hemisfério direito de nosso cérebro através de controle mental (existem técnicas práticas para tal).
Este Princípio não tem relação alguma com as teorias e práticas luxuriosas, perniciosas e degradantes que usam títulos empolgantes e fantásticos. Tais teorias tendem a arruinar a mente, o corpo e a alma. Para aquele que é puro, todas as coisas são puras; para os vis, todas as coisas são vis e baixas.
A TÁBUA SMARAGDINA ou TÁBUA DAS ESMERALDAS
A Tábua Esmeraldina é considerada o texto básico do Esoterismo Ocidental.
Há muito tempo perdida, foi atribuída à Hermes Trimegisto , e foi descoberta por Alexandre Magno em sua Câmara Mortuária, entrando para a história com o nome de Tábua Esmeraldina. Ela contém a quinta essência da sabedoria oculta.
Vamos conhecer seu conteúdo:
Isto é verdade, não há dúvida: é verdadeiro e confiável.
Vejam, o que está acima é como o que está abaixo; o que está abaixo é igual ao que está em cima, para que aconteça um único ato maravilhoso.
Todas as coisas se formaram através de um único processo, a partir da mesma matéria-prima.
O Sol é o teu pai; a Lua é a tua mãe. O vento o carregou no ventre e a Terra o sustentou.
Ele é o pai das obras mágicas, o guardião dos milagres. Suas forças são perfeitas e é ele que dá vida às luzes.
Trata-se de um fogo que se transforma em terra.
Separem a terra do fogo, separem o sutil do grosseiro, com muito cuidado e arte.
Nele está a força do superior e do inferior. Assim, torna-se regente do superior e do inferior. Pois, se está com a Lua das luzes, as trevas se afastam de ti.
Com a força, com a reunião das forças dominarás tudo o que for sutil e penetrarás em tudo que for denso.
Na medida em que surgir o macrocosmo, surgirá o microcosmo e esta é a minha criação.
Esta é a criação do pequeno mundo, e desse meio surgirão as obras dos sábios.
E por isso fui chamado Hermes Trimegisto, Hermes o Três Vezes Grande.

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