terça-feira, julho 06, 2010

OM OU AUM



O som primordial da natureza sutil
O significado natural do "AUM" que é considerado em si o mantra primordial, é o poder básico do supremo que engloba a criação, preservação e a destruição - representadas por três entidades - Brahmá, Vishnu e Shiva, respectivamente. Quando é pronunciado com "A" abre a boca, com "U" estende e com "M" fecha.
Os yogis durante o estado de samádhi - nos mais altos níveis de consciência, experimentaram o mesmo sutil som do "AUM", que se propagava em todo cosmo seja micro ou macro. Ouviram o mesmo som da menor e maior manifestação da natureza, de átomos até galáxias. Chamaram este som de anhat nád - o som que se propaga por si mesmo, sem razão aparente e sem fricção de dois objetos. O AUM é este som divino e onipresente.
AUM é chamado de pranava que é derivado do verbo pra- nu-, significa emitir o som. Também é chamado de mantra semente por incorporar toda a natureza em si como a semente incorpora toda árvore em si. Quando o pranava aum é incorporado num mantra, ele aumenta o poder qualitativo do mantra.
O Maharshi Patanjali no Yogdarshan (1/28) diz: "Através do japa do OM chega-se ao estado de samádhi" mas sempre, quando se pratica o pranava deve-se ter em mente o amplo significado dele. Conforme Pranavopanishad:
"A" = Nirman (criação do universo), Rigveda, Brahma, a terra,
"U" = Sthiti (preservação do universo), Yajurveda, Vishnu, espaço,
"M" = Pralaya (transmutação do universo), Samveda, Shiva, paraíso,
Conforme Mandukya Upnishad (2/2/6) a concentração em Brahman deve-se fazer com Japa do OM. Isto é necessário para se obter o conhecimento verdadeiro e acabar com as reencarnações e se integrar nele. O pranava OM e o arco, a alma e a flecha e o Brahma e o alvo (2/2/3/4).
Amratanadopnishad (16/20) descreve que, para praticar o OM, o yogi deve escolher um local limpo e seco e sentar-se em Padmasan, Bhadrasan ou Swasticasan com a face para o norte. Durante o Pranayama nos três estados (Púrak, Kúmbhak e Retchak) deve-se concentrar no OM. Segundo o verso 23 deve-se fazer o Japa conforme preplanejado que em pouco tempo oferece resultados. É importante que o praticante evite o medo, a preguiça, muito sono, jejum e irritações. (25-29) assim, ele pode ter visão dos deuses dentro de pouco tempo, pode adquirir os poderes deles e finalmente o Nirvana.
Para começar a prática de qualquer outro Mantra é indicada a prática do OM para alguns dias, afim de purificar a mente. Muitas pessoas que começaram assim narram experiências muito interessantes como visões, benefícios materiais e resoluções dos diversos tipos de problemas especialmente psíquicos pendentes através dos sonhos.
Sempre o Japa (a prática) deve terminar com seguinte oração:
Omkara bindu samyuktam nityam dhyayanti yoginah
kamadam moxadam chaiva omkaraya namo namah
Saudações ao OMKARA, que concede tudo o que se deseja, inclusive a liberação aos yogis que meditam no OM unido com o Bindu (ponto - infinito).

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