quarta-feira, agosto 18, 2010

Civilização Maia, Asteca e Inca - Foi uma das maiores civilizações do Ocidente



A descoberta da civilização:

A cultura maia só começou a ser explorada durante a primeira metade do séc. XIX pelo americano John Stephens e o desenhista inglês Frederik Catherwood. Eles descobriram várias cidades sendo que a que mais chamou a atenção Chichen-Itzá. Eles publicaram o resultado de suas pesquisas e foi através destas obras que o povo ficou sabendo que não eram simples índios mas que eles possuíam uma complexa organização, construíram magníficas cidades de pedra e desenvolveram uma escrita própria. Essa escrita se encontra nos diversos edifícios explorados.
Os sacerdotes maias possuíam diversos livros escritos em finas folhas de madeiras cobertas com gesso.
Quando os maias foram encontrados por colonizadores, um dos aspectos que ajudou a extinção daquela civilização foi o fato de viverem em lutas constantes. Nessa época os padres espanhóis descobriram que os indios possuíam livros e resolveram destruí-los para evitar a divulgação de sua cultura. O bispo de Yucatán, D. Diego de Landa, ordenou a apreensão ea queima de centenas de volumes de livros chamando isso de um auto-de-fé. Além disso determinou que a utilização daquela "escrita demoníaca" seria punida com a morte. Esse mesmo bispo quando retornou à Espanha, escreveu um relatório entitulado Relacion de las Cosas de Yucatán, em 1566 para justificar sua ação repressiva. Informou que os livros continham descrições de cerimônias diabólicas e sacrifícios humanos. O relatório ficou esquecido até 1863 até que foi descoberto pelo sacerdote Charles Etienne Brassuer, que era interessado nas culturas pré Colombianas. Este permitiu saber o sistema utilizado pelos maias para a elaboração do calendário e seus numerais.
Salvaram-se apenas 4 livros da destruição, 3 conhecidos há muito tempo e um que apareceu após a segunda guerra mundial. Os livros tratavam de idolatrias que envolviam sacrifícios entre outras práticas similares.
Calendário maia:
O calendário maia era superior ao de todos os povos da Antiguidade. Compreendia um ano solar de 365 dias, um ano bissexto de 366 dias e um ano venusiano de 260 dias.
Livros mais antigos eram os seguintes:
Códice Tró- Cortesiano (conservado na Espanha). Encontra-se divididoem duas partes. Na primeira, o Códice Troano, foi lido pelo abade de Bourbong. Ele acreditou ter conseguido desvendar a chave dos hieróglifos maias e a história da destruição de Atlântida, sendo que uma parte do povo teria conseguido escapar e formado a civilização maia. O manuscrito foi escrito por volta de sec, XII ou XIII e se tratava de astronomia e astrologia.
Os outros foram :
Códice de Dresden e o Códice Peresiano.
Dentre as pessoas que leram as descrições do bispo, um norte-americano se interessou muito sobre a Atlântida e sobre as teorias do abade de Bourbong, Edward Thompson. Ele completou seus estudos e utilizou a influência da família para conseguir ser nomeado cônsul no bispado de Yucatán. Despertou interesse especial por Chichén-Itzá. Ela foi construída por volta de 415 e abandonada um século depois por razões desconhecidas e ocupada novamente por volta do ano 1000.
Durante o Novo Império foram construídos edifícios dedicados a divindades oriundas da região dos toltecas e que exigiam constantes sacrifícios humanos. Edward Thompson explorou os edifícios em melhor estado de conservação.
Construções Maias:
O chamado Caracol era um observatório astronômico com seteiras voltadas para Vênus, Marte, Júpiter, a estrela Sírio e a Lua. Havia também o Castelo, que era uma pirâmide com 4 escadas centrais, cada uma com 90 degraus, e mais 5 degraus que levavam até o templo, o que somava 365 degraus. Isso demosntrava a preocupação com o calendário solar...
Logo mais tarde Thompson entrou em descrédito para os arqueólogos pois achava que a civilização maia e egípcia por serem tão parecidas eram descendentes de uma mesma civilização, a Atlântida e os arqueólogos trasdicionalistas não aceitam posições que admitam a existência de Atlântida.

O Poço dos Sacrifícios:
Mas Edward estava interessado mesmo em encontrar o poço citado no livro de D. Diogo de Landa. Chichen-Itzá possui 3 grandes poços naturais (cenotes) e outros menores. Após examina-los, decidiu se concentrar no da extremidade da cidade, por um motivo: para lá se dirigia uma estrada calçada que vinha desde a praça central da cidade. Sua circunferência é de 60 m e a profundidade de 25m. Durante vários dias só retirou madeiras podres e entulhos. No nono dia apareceu bastões resinosos que ele deixou secarem ao sol e depois incendiou-os: eram incensos de aromas embriagadores. Mais adiante, encontrou facas de pedra, pontas de lanças, tijolos de cerâmica e pedra, jóias, adereços homanos e, por fim, ossos humanos. Os esqueletos eram de mulheres jovens, pois eles costumavam fazer oferendas de virgens. Apenas um esqueleto masculino foi encontrado junto aos das mulheres. Provavelmente era um sacerdote e tivesse sido jogado ou puxado por una das vítimas.
As peças eram feitos com liga de 960 milésimos de ouro puro e alguns objetos oriundos de regiões distantes, o que fez ficar claro que eles tinham contato com as culturas ameríndias. Todas a história chegou aos ouvidos do governo e Thompson foi ameaçado de prisão. Com isso, teve de retornar ao seu país. Uma conspiração se formou para destruir os seus livros. Apenas um se encontra nas livrarias de antiguidades, o chamado People of the Serpent. Porém, os trabalhos que fez sobre a pirâmide-túmulo Chichen-Itzá, o sarcófago e o esqueleto estão desaparecidos. Edward Thompson morreu em 1935, maldito pela ciência e esquecido por todos.
O que se sabe sobre os maias:
A história da civilização Maia tem início por volta de 5000 ac. Ocupavam um território ao sul do México, Guatemala e a norte de Belize. Praticavam agricultura e constríam grandes edifícios e pirâmides de pedra. O principal produto era o milho, porém, cultivavam também o feijão, a abóbora, vários tubérculos, o cacau, o mamão e o abacate. Trabalhavam o ouro e o cobre. Um dos aspectos que impede que se conheça mais profundamente a cultura maia antiga é o fato deles possuírem uma escrita extremamente complexa, da qual só se conhece alguns hieróglifos. A grande maioria deles permanece e talvez permanecerá indecifrável.
Distingue-se dois grandes períodos na civilização maia, chamada de antigo império e novo império. O antigo império teve seu centro no norte da Guatemala, mas se estendeu pelo sul do México e tambén por Honduras. O novo império ocupou a metade setentrional da península de Yucatán.
Arquitetura maia:
A arquitetura maia era totalmente devotada ao culto; as cidades eram centros religiosos, o povo vivia em choças e casas de adobe. Os templos eram de forma retangular e construídos cobre pirâmides truncadas, acessíveis por escadas laterais. O admirável na arte maia é a combinação da arquitetura com a decoração em relevo de estuque e pedra-sabão.
Organização social:
Cada cidade-estado era governada por um chefe ( halch uinic ), que era assistido por um conselho que incluia os principais chefes e sacerdotes. Dentre os chefes se destacavam o Batab, o civil, e o Nacom, o militar. A classe sacerdotal conhecida por Akhim, se dividia em dois grupos. O primeiro velava o culto e o segundo se entregava as artes e ciências. O povo se empregava com a agricultura e com a construção das obras públicas. Os escravos eram os prisioneiros de guerra ou infratores do direito comum até pagar pelo seu crime.
Cultura maia:
O crescimento da cultura maia se revela principalmente no terreno intelectual, porém, devido à complexidade da sua escrita, só foram descobertos até agora os simbolos relativos ao tempo. Desenvolveram a aritmética de maneira que ela permitiu cálculos astronômicos de uma exatidãqo admirável. Conheciam o movimento do Sol, da Lua, de Vênus e provavelmente de outros planetas. A numeração escrita era simbolizada por pontos e traços. Inventaram o conceito de abstração matemática, o valor zero fazendo-o intervir nos seus cálculos e cronologias. O calendário se baseava no sistema análogo. O dia ( Kin ) era a unidade de tempo, acima da qual vinha o Uinal, correspondendo a um mês de 28 dias, o Tun equivalia ao ano.
CIVILIZAÇÃO MAIA:
A foto corresponde ao Palácio de Palenque, localizado na península de Yucatán, México. Corresponde à fase de declínio da civilização maia.
Fonte: Revista Superinteressante, ano 5, nº 6, junho de 1991, p. 52.
CIVILIZAÇÃO MAIA:
Observatório astronômico de Chichén Itzá. Os Maias possuíam grande interesse nos astros, e fizeram muitas descobertas por meio de suas observações.
Fonte: Revista Superinteressante, ano 6, nº 10, outubro de 1992, p. 54.

CIVILIZAÇÃO ASTECA:
A figura ao lado mostra a Pedra do Sol Asteca, um calendário esculpido num bloco de basalto com 3,60 metros de diâmetro e 24 toneladas de peso. Foi descoberto no final do século XVIII, na Cidade do México. Dedicado ao Sol, divindade máxima dos astecas, o gigantesco calendário contém um grande número de inscrições e símbolos relacionados com o astro. Esses elementos estão distribuídos em forma circular, a partir do centro, onde se destaca o rosto de Tonatiuh (Sol) que mostra a língua.
Fonte: PILETTI, Nelson & LAZZAROTTO, Valentim. HISTÓRIA E VIDA: As Américas. São Paulo: Ática, 1995, p. 39.



CIVILIZAÇÃO OLMECA:
Cabeça de pedra com cerca de 3 metros de altura esculpida pelos olmecas. Os olmecas habitaram uma região que começa na fronteira do México com os Estados Unidos e vai até a Costa Rica. Os olmecas foram a primeira civilização agrícola da América, e desenvolveram um sistema de numeração e escrita, além de um calendário religioso com 260 dias e um calendário civil com 365 dias.
Fonte: PILETTI, Nelson & LAZZAROTTO, Valentim. HISTÓRIA E VIDA: As Américas. São Paulo: Ática, 1995, p. 22.

CIVILIZAÇÃO INCA:
Ruínas de Machu Picchu, cidade inca encravada na Cordilheira dos Andes, a 2280 metros de altitude. Segundo alguns pesquisadores, a cidade tinha capacidade de abrigar 10 mil habitantes e foi construída há cerca de 6 mil anos. Para maiores informações sobre Machu Picchu leia a crônica escrita pela escritora Urda Alice Klueger.
Fonte: FIGUEIRA, Divalte Garcia. HISTÓRIA. São Paulo: Ática, 2001, p. 135.


CIVILIZAÇÃO INCA:
Casa inca típica das regiões mais altas. Diferentemente das casas do litoral, que eram construídas de adobe, nas regiões mais altas as paredes eram construídas de pedra e cobertas de palha.
Fonte: Povos da Antigüidade: Incas. São Paulo: Escala, s.d., p. 28.

CIVILIZAÇÃO INCA:
Os incas possuíam muitos deuses e construíram muitas estátuas de suas divindades. Na foto ao lado é possível ver uma figura monolítica zoomórfica, encontrada no sítio arqueológico de San Agustín, na Colômbia.
Fonte: Geográfica Universal, nº 110, janeiro de 1984, p. 117.


NAZCA:
Na foto uma das famosas inscrições de Nazca (Peru), descobertas pelo historiador Paul Kosok em 1941. A maioria das figuras é tão grande que só é possível admirá-las do céu. Os desenhos foram feitos raspando-se o solo, e há muitas teorias que procuram explicá-los. A teoria mais aceita pela ciência é a de que as figuras estão relacionadas com a astronomia ou que formam uma espécie de calendário.
Fonte: Povos da Antigüidade: Incas. São Paulo: Escala, s.d., p. 21.

CIVILIZAÇÃO INCA:
Porta da Lua de Tiahuanaco, que se aparenta pelas gravuras simbólicas do umbral à famosa "Porta do Sol". A cidade de Tiahuanaco localiza-se na Bolívia, e é onde se encontram as ruínas conhecidas mais antigas da América do Sul, herança do apogeu da tribo aimará, desaparecida enquanto civilização por volta do ano 1200 d.C. A imponência das construções de Tiahuanaco suscitam muitas teorias, algumas não científicas, a respeito do povo que as construiu.
Fonte: WAISBARD, Simone; TIAHUANACO: 10000 anos de enigmas incas. São Paulo: Hemus, 1971.

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