segunda-feira, maio 16, 2011

Nós somos um


Nós somos um

“Quando da dualidade fizerem a unidade, quando tornarem o exterior como o interior, o i

nterior como  exterior e o de cima como o de baixo, quando fizerem do macho e da fêmea  um só, de modo que o macho não seja mais macho e a fêmea não seja mais fêmea – então entrarão no Reino.” 

Os grandes sábios de todas as épocas sempre deram testemunho de uma unidade que subjaz à diversidade de formas.No presente, as descobertas científicas estão revelando essa unidade que abarca toda vida. “Sob o céu, uma só família”, afirmou Confúcio. Hoje, através da investigação da interação das diferentes formas de vida, a ciência determinou que há uma teia da vida, estendendo-se desde o mais diminuto protozoário até o homem. Esta teia da vida é composta de inter-relações e interdependências, e é denominada ecossistema.
São Paulo falou da unidade da vida como “o uno em quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser”A física nuclear reduziu todas as formas de vida a uma essência que penetra todo o universo: a energia. Os avanços no campo da Psicologia têm revelado que, durante uma percepção elevada da realidade numa experiência de “pico”, este mundo, não outro, é visto como uma intrínseca unidade. Mas a maioria dos homens ainda não alcança esta elevada percepção e continua enfatizando as suas diferenças mais do que as suas similitudes e pensando em sua própria individualidade mais do que na totalidade.
Sócrates disse: “quando te perguntarem de que país és, nunca respondas sou ateniense, ou sou coríntio, mas digas: sou um cidadão do mundo”.
Os povos de cada nação, todavia, persistem na crença de que são diferentes do resto da humanidade, e de que seus interesses nacionais são distintos e mais importantes do que os interesses da totalidade humana. As nações lutam pela superioridade militar, a vantagem política e a satisfação da ambição financeira, assim fortalecendo a separatividade. A ciência, por sua vez, tem revelado que geneticamente não existem povos ou raças separados, mas apenas uma humanidade. A diversidade das raças não se deve a diferenças genéticas. Todas as raças e povos compartilham uma base genética comum, e o que determina as diferenças na aparência física é simplesmente a maior freqüência de concorrência de certos genes, mas os genes são compartilhados por toda a humanidade. A própria seleção natural do meio causa a maior freqüência ou aparecimento de certos genes, do mesmo modo que o meio cria diferentes culturas.

A vasta diversidade das aparências, costumes, culturas e civilizações, quando não há uma compreensão profunda, pode conduzir facilmente à separatividade. Mas a consciência humana tem se expandido desde a família até a tribo, à comunidade e à nação, com uma inclusividade sempre crescente. É imperativo que essa consciência seja expandida agora do nacional para o planetário. A humanidade enfrenta, hoje, problemas globais, problemas que uma só nação não pode resolver. Além do mais, o poder agora outorgado ao homem por meio da ciência e da tecnologia aumenta os perigos inerentes à separatividade e ao egoísmo.
É essencial que haja um reconhecimento de que a humanidade é una e que se compreenda que a totalidade da família humana é uma unidade de maior importância espiritual do que qualquer uma de suas partes. A diversidade deve ser reconhecida pelo que é: o original que cada pessoa pode oferecer para o maior bem da totalidade.
Cada indivíduo pode contribuir para o emergir da unidade mundial procurando pensar em termos de humanidade una e praticando os valores resultantes de cooperação, compartilhamento, responsabilidade e serviço ao bem comum.

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