sexta-feira, agosto 26, 2011

Sinais e sintomas característicos da mediunidade


Sinais e sintomas característicos da mediunidade

Embora Allan Kardec tenha dito que “Não há indício pelo qual se reconheça a existência da faculdade mediúnica.3 , podemos estabelecer pelo menos alguns sinais identificadores da ocorrência de alterações no indivíduo que pos- sam ser atribuídas a algum tipo de interferência mediúnica. A afir- mação de Allan Kardec talvez diga respeito ao reconhecimento a priori, em face da inexistência de sinais externos nos médiuns ou mesmo por conta da exigência da presença dos espíritos para sua ocorrência.
Por enquanto a mediunidade não foi detectada organica- mente, mas apenas pelos efeitos que produz. Nenhum médium, por mais experiente que seja, garante que pode controlar a demonstração da sua faculdade. A mediunidade é uma faculdade psíquica e, como todo fenômeno subjetivo, não se submete, do ponto de vista experimental, à observação e repetição.
Há, porém, alguns indícios que nos podem levar futuramente à sua detecção e comprovação. Eles são subjetivos e facilmente podem ter explicações psicológicas inconscientes ou mesmo parapsicológicas anímicas. No seu conjunto, numa mesma
pessoa, podem apontar para a existência da faculdade denominada de mediunidade.

 São eles:

1. Idéias e sentimentos inusitados na forma de pressentimentos que acabam por se concretizar. Ocorre também como se o indivíduo já soubesse antecipadamente o que irá ocorrer, permitindo-lhe agir de acordo com uma certeza interna;

2. Forte dose de intuição quanto às pequenas ocorrências do cotidiano. Geralmente coloca o indivíduo num estado de consciência de quem tem o domínio dos eventos do dia, sem lhe gerar qualquer ansiedade;
3. Arrependimentos tardios após atitudes inadequadas que poderiam ter sido evitadas. São situações freqüentes de ausência de vontade própria, nas quais parece haver uma outra personali- dade no controle, trazendo desconforto momentâneo;
4. Alterações constantes na forma, no conteúdo e no curso dos pensamentos promovendo desvio na elaboração das idéias. Apresentam-se como falhas ou ausências no pensar, provocando sérias alterações na vida profissional, afetiva e familiar da pessoa;
5. Alterações orgânicas e da senso-percepção não atribu- íveis a fatores funcionais nem a interferências psicossomáticas. Tais alterações podem ir do desconforto orgânico a alterações significativas nos cinco sentidos físicos, os quais podem se tornar hipo ou hiper-sensíveis;
6. Ocorrências repetitivas de sonhos premonitórios ou de sonhos freqüentes com pessoas que já morreram. Freqüentes sonhos nos quais eventos futuros são vistos pelo sonhador, en- volvendo terceiros ou a si mesmo, como também sonhos com pessoas, parentes ou não, já desencarnados e que parecem que- rer transmitir alguma mensagem;
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7. Sensações constantes de presenças à sua volta, ou de terceiros, de seres invisíveis. Ocorre como se algo envolvesse a pessoa e lhe transmitisse a sensação de alguma companhia não visível. Às vezes, a pessoa sente uma alteração em seu estado de consciência;
8. Ruídos e pancadas à sua volta não atribuíveis a fatores físicos conhecidos. São ruídos que parecem vir de dentro de pa- redes ou de objetos maciços como pancadas fortes e rápidas;
9. Audição de vozes aparentemente oriundas do interior da cabeça. Sons de palavras ou de músicas que soam no interior da cabeça e que não se originam de lugar externo;
10. Superexcitação motora seguida de forte desejo de es- crever. Às vezes, inicia-se com um forte desejo de escrever ou com uma persistente idéia inusitada sobre algum tema. Muitas vezes, tal desejo é acompanhado de tremores num dos braços, o qual apresenta movimentos repetitivos sem controle consciente da pessoa;
11. Sensação descontrolada de que poderá ser tomado por algo, seguido de forte desejo de falar. Apresenta-se, muitas vezes, como um desconforto toráxico e uma necessidade de gri- tar ou chorar. Pode, também, surgir como se alguma parte do corpo fosse acometida de uma intensa dor aguda;
12. Facilidade na obtenção de cura de doenças alheias, pelo simples desejo de obtê-la ou pela proximidade ao doente. A pessoa, pelo desejo consciente ou não, percebe a cura ou melho- ra de doenças em terceiros pelo contato físico ou por sua simples presença;
13. Produção de conhecimentos não atribuíveis ao saber
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do indivíduo e à sua revelia. Quando, após a simples atividade de escrever ou de falar em público, a pessoa observa ou alguém lhe diz que o que produziu é de excelente conteúdo e de qualidade superior aos conhecimentos intelectuais que possui.
14. Obtenção de índices acima dos níveis aceitáveis nas cartas Zenner4 . Quando feito o teste Zenner, o percentual de acer- tos na retro-cognição e na pré-cognição apresenta níveis acima da média;
15. Achados psicométricos5           em experiências típicas. Quan- do o índice de acertos nos detalhes de objetos no teste psicométrico é superior ao normal;
16. Constantes experiências emocionais de “déjà vü”. Quando a pessoa tem freqüentes experiências emocionais de ter estado em determinados lugares antes, sem conscientemente tê- los conhecido.

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