segunda-feira, setembro 12, 2011

Meditação e Mantras – Jap



JAPA, ou recitação de mantras, é a prática espiritual de devoção repetindo um mantra, geralmente um número especificado de vezes, como 108, muitas vezes cantando com um rosario de contas, chamado japa mala, enquanto a consciência se concentrar sobre o significado do mantra. A repetição deve ser devidamente lenta. Isso leva punya, O mérito, ao praticante desta meditação. Não deve ser irrefletidamente mecânica ou apressada, Tal negligência, casual mostra desprezo pelas tradições contemplativa e traz “papa”, demérito, ao praticante, criando conflitos internos, e agitação para todos os interessados.
Japa é uma forma de culto devocional, invocação, de súplica, louvor, adoração, meditação e direta comunhão espiritual. Japa fornece um meio para libertar nossos pensamentos e as nossas memórias do passado – principalmente os maus. A repetição destes mantras traz resultados positivos, edificantes, eleva a consciência e faz com que o muladhara chakra se energize de forma plena.
Os antigos sabios (rishis) fizeram deste conhecimento da Palavra (Mantra) uma ciência e possibilito a absorção de suas mentes para o mundo interior, invocando as divindades e Deuses (devas) através de hinos védicos, orações e mantras.
Este som, era apenas o Senhor do universo. Sua palavra era com ele. Esta Palavra foi seu segundo. Ele contemplou. Ele disse: “vou entregar essa Palavra para que ela irá produzir e pôr em prática todo este mundo.”
Sama Veda, Tandya Maha Brahmana 20.14.2. VE, 107
A mantra é infinito, imenso, além de tudo isso …. Todos os deuses, os espíritos celestes, homens e animais vivos na palavra. Em todos os mundos encontram o seu apoio no mantra.
Krishna Yajur Veda, Taittiriya Brahmana 2.8.8.4. VE, 107
A visão Védica traz a confirmação de que o aumento da física moderna está no caminho certo. teorias quântica de campos electromagnéticos nos dizen que, de fato, não existe tal coisa como matéria. Existem apenas campos de força do tempo e do espaço que são observáveis em diferentes intensidades. Assim, um átomo de carbono não é uma pequena porção de materia, é um campo de força tempo-espaço-energia de uma intensidade particular.
Os físicos nucleares podem alterar os campos de energia da força em uma câmara e transformar um elemento para outro. Se soubéssemos o mantra de carbono e pode dizer-lo corretamente, que faria com que o campo de força especial de tempo, espaço e energia para agir e algumas de carbono precipitado. Alguns praticantes do ocultismo pode realmente fazer isso com as suas mentes e causar que objetos apareçam. Essa pratica nos mostra a correspondência que existe entre a mente, som e forma. Esta é a realidade de base mística por trás dos mantras. O que é importante para que nós percebemos é que cada Divinidade pode ser vivida, expressa, na forma de um mantra que corresponda. Este fenômeno é semelhante a alguém lembrar do seu nome ao invés de seu rosto. Quando nós expressamos como um mantra, nós invocamos a Divinidade, Então, nós sentimos a Sua presença e desfrutamos dela.
Yogaswami deu grande ênfase sobre o desempenho do japa, repetindo o nome do Senhor, com concentração e sentimento. Esta grande Filosofo (jnani) explicou: “Nós não podemos esquecer que o mantra é a vida, que mantram é ação, que mantram é amor e que japa, a repetição do mantra, a sabedoria que brota de dentro. Japa Yoga é o primer yoga a ser realizado com o objetivo do conhecimento ( jnana).
Repetindo mantras lentamente purificamos nossa mente.
Da mesma forma, japa limpa a mente de impurezas.
Um Mala pode conter contas que também formam divisões de 108, de modo que o mesmo cálculo possa ser mantido.
Chegar ao “Meru”, a conta central no mala, mostra que você fez o seu “japa” por 108 vezes. Completar o circuito de 108 mantras é um passo a mais no caminho da elevação espiritual. Cada Volta realizada no “Mala”, é um degrau na escada para a união com o éter divino.
Um “mala” estimula seu usuário a fazer os “japas” diariamente.
O Mala é utilizado para contar mantras em grupos de 108 repetições.
A palavra mantra vem do sânscrito, “man” que significa “mente” ou “pensamento” e “tra” significa “proteger” “socorrer”. Assim, mantra quer dizer : proteger nossas mentes de maus pensamentos.
Os mantras são um meio de comunicação espiritual das religiões hindu e budista. Um mantra sagrado é normalmente entoado em sânscrito. Quem entoa mantras busca a intercessão espiritual. Uma forma de orar repetidamente, a fim de magnetizar as energias de uma determinada divindade.
Praticamente todas as religiões entoam alguma forma de oração para a comunhão espiritual com seres mais elevados.
Mantra é formado por palavras em sânscrito com poderes para elevar a consciência, promover a cura, solucionar problemas, conseguir proteção e direção espiritual, manifestar desejos e muito mais.
Entoar mantras é uma forma de meditação. Uma pessoa entoa mantras repetidas vezes, em murmúrio ou em alto tom. A mente focaliza-se no conteúdo do mantra e os pensamentos tornam-se positivos e poderosos, a respiração deve ser lenta e profunda.
Como Cantar no Mala
Segurando o seu cordão de contas, o “Japa Mala”, na mão direita, deixe que ele escorregar sobre o dedo do meio (o dedo do céu, o dedo mais longo). O dedo indicador não deve tocar as contas, ficando estendido durante todo o período da entoação dos mantras, o “japa”.
Comece sempre pela conta seguinte à grande conta, o “meru”, que significa “montanha”, e não deve ser contado, nem tocado pelo dedo do polegar, o Meru é apenas o ponto inicial e final da contagem das contas.
Puxe as contas de seu Mala sempre em sua direção, uma a uma, entre seu dedo polegar e o dedo do meio, usando seu polegar para “contar” e puxar cada conta, puxando levemente, enquanto recita o mantra escolhido, e movendo para a próxima conta, até completar a série de 108 contas de seu mala, entoando seu mantra escolhido, por 108 vezes seguidas, ou mais.
Uma conta é puxada por cada repetição do mantra.
O polegar representa seu chakra da garganta e o dedo do meio representa o éter divino no chakra do coração. Assim, como estamos nos comunicando com seres elevados do plano etéreo, este mudra aumentará nosso poder de comunicação espiritual.
Mantenha a mente firme prestando a atenção em sua respiração, nas contas e em seu mantra.
Enquanto puxa uma conta, inale, entoe o mantra, enquanto exala. Um Mala foi feito para ser utilizado em harmonia e com muita calma e firmeza em suas palavras.
Uma vez que você alcance o Meru, caso queira continuar mais 108 vezes, não o ultrapasse. O Meru é a conta estática do Mala.
Vire as contas ao redor e continue na direção inversa. Isto se faz necessário por que quando puxamos as contas ganhamos um espaço entre elas, assim juntamos as contas que ficaram para trás, se formos em frente pelo caminho que começamos, encontraremos as contas muito juntas do outro lado do Meru, e o polegar não poderá fazer o “mudra da riqueza espiritual”, que toca estes dois dedos a cada puxada.
O Japa Malas pode ajudá-lo a tirar a tensão, a ansiedade, o medo e levará você a atingir níveis mais altos de consciência e realização espiritual.
A utilização de Japa Malas aumenta a felicidade e a capacidade de meditação. As contas de Japa dão mais foco e maior determinação a quem às utiliza.
Um mala pode ser um colar ou uma pulseira. A pulseira deve ter 27 contas, que precisarão ser contadas por 4 vezes para completar 108.
Quando não estiver utilizando seu mala, guarde-o em um lugar limpo e sagrado. O melhor lugar para guarda-lo é sobre um altar pessoal ou sobre uma estatueta sagrada de uma divindade.
O mala é utilizado para que uma pessoa possa pensar sobre o significado do mantra e de suas palavras enquanto entoa, sem ter a necessidade de ficar contando as vezes que entoa.
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Os maometanos também têm um “mala” que se chama “tasbi”, eles mantém nas mãos enquanto repetem suas orações. Rolam as contas entre os dedos enquanto repetem o nome de Allah.
Os cristãos têm seu “terço” nas mãos, enquanto fazem suas orações diárias. Conta-se que a palavra “rosário”, que tem semelhanças óbvias ao mala, veio do tradicional “Japa Mala” hindu. Quando exploradores romanos vieram na Índia e conheceram o mala, eles ouviram ” jap mala” em vez de “japa Mala”. “Jap” significa “rosa” e um mala então, foi levado ao Império romano como “rosarium”. O rosário possui 50 contas separadas de dez em dez por outra de maior tamanho, e seus extremos se unem em uma cruz. Totalizando 54 contas (a metade do rosário oriental de 108 contas).
Os Hindus, quando decidem fazer um mantra por mais de 108 vezes, colocam um grão de arroz para cada 108 vezes, dentro de uma tigela. Toda vez que chegam ao Meru, tiram um grão de arroz da tigela.
No Budismo Tibetano, é comum a utilização de malas maiores, por exemplo de 111 contas. Eles contam um mala como 100 contas e 11 extras para compensar possíveis erros cometidos pelo caminho.
No Budismo, a utilização do Mala pode ser feita com qualquer uma das mãos e os dedos também podem ser outros, dependendo da vontade de cada um. o que conta mesmo é a repetição dos mantras.
A tradição islâmica, trabalha com um rosário de 99 contas. O rosário se divide em três séries de 33 contas, cada uma delas representa um mundo. Conta-se que a conta faltante para completar a centésima, só se encontra no Paraíso.

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