segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Dor de Garganta: Tratamento com Óleos Essenciais

Dor de Garganta: Tratamento com Óleos Essenciais
Escrito por Wagner Azambuja
A temível dor de garganta é uma manifestação comum na prática médica que resulta da inflamação da faringe e/ou amígdalas, estruturas que compõem as vias aéreas superiores. No caso da faringe, ela é chamada de faringite e no caso das amígdalas, amigdalite. No entanto, como ambas estão anatomicamente próximas e, por isso, susceptíveis às mesmas causas inflamatórias, é comum que inflamem juntas, em um quadro denominado faringoamigdalite. Ou seja, dor de garganta, então, é igual à faringoamigdalite. Ela também pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. A dor de origem viral é a mais comum e pode ser ocasionada por diferentes tipos de vírus, como aqueles do grupo adenovírus. Felizmente, neste caso, o próprio organismo consegue se livrar da infecção ou, no máximo, com a ajuda de algum antiinflamatório. Já a dor de garganta de origem bacteriana deve, necessariamente, ser tratada com antibióticos (sempre prescritos por um médico), como a amoxicilina, a azitromicina e a benzatina (benzetacil) – sendo permitido, aqui também, a associação com antiinflamatórios. Neste caso, a pessoa deve seguir com o tratamento até o final do tempo prescrito, mesmo que todo o incômodo da dor desapareça já nos primeiros dias. E por fim, tem-se a irritação causada por fungos, que por ser rara não será tratada neste artigo.
Sabe-se que até o momento não existe um remédio único capaz de curar todos os tipos de dor de garganta. No entanto, há diversos óleos essenciais com propriedades tanto bactericidas quanto antivirais que estão se mostrando extremamente eficazes contra “alguns tipos” de faringoamigdalite. O óleo essencial de tea tree (Melaleuca alternifolia) é, talvez, o que tem apresentado os resultados mais interessantes. Segundo uma pesquisa australiana, este óleo é de 11 a 13 vezes mais poderoso que o ácido carbólico (fenol) no que diz respeito à eliminação de fungos e bactérias. Seu espectro de ação é tão amplo que seria cansativo citar todos os agentes infecciosos que são acometidos por ele, no entanto, eis dois exemplos que se enquadram neste contexto: de acordo com alguns estudos, o óleo essencial de tea tree é capaz de aniquilar – mesmo em pequenas concentrações – o famoso Staphylococcus aureus, um tipo de bactéria comumente resistente a meticilina que pode causar faringite aguda. E, em relação aos vírus, ficou comprovado que este óleo consegue afastar e inibir a ação do influenza, vírus responsável pela gripe e, conseqüentemente, dores de garganta. Quanto ao uso, recomenda-se pingar uma ou duas gotas deste óleo em um copo com água e fazer gargarejos de duas a três vezes por dia. Simples, não?
Para finalizar, algumas considerações sobre o tea tree:
(*) o óleo essencial de tea tree veio a ser tão valorizado pelo governo australiano que, durante a Segunda Guerra Mundial, todos os envolvidos na produção e fornecimento deste óleo foram dispensados do serviço militar com o objetivo de suprirem a demanda dos soldados britânicos e australianos nas frentes de batalha.
 (*) óleo essencial de tea tree apresenta uma complexidade química tão grande, com cerca de 100 elementos, que fica difícil para uma bactéria criar ou desenvolver algum tipo resistência a ele.
 (*) pesquisadores brasileiros da escola dentária de Piracicaba demonstraram que o óleo de tea tree é mais eficaz que a clorexidina e o óleo de alho no combate às bactérias bucais.

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