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Hexagrama
Unicursal, um dos mais comuns símbolos de Thelema.
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Antecedentes
Históricos
A
palavra Thelema é incomum no Grego Clássico, significando o desejo, mesmo o
sexual.
Porém
já se torna comum na Septuaginta (versão da Bíblia hebraica para o dialeto
grego Koiné).
Antigas
escrituras cristãs utilizavam esta palavra por vezes para se referir à vontade
humana, mas era mais usual como referência à vontade de Deus.
Na
oração do Pai Nosso, por exemplo, em "Venha a nós o Vosso reino, seja
feita a Tua vontade, assim na terra como no céu;" (Mateus 6:10), o
original de "vontade" é θέλημα.
Ainda
no mesmo evangelho, em Mt 26:37, tem-se Jesus dizendo a Deus: "faça-se a
Tua vontade", novamente com o termo Thelema no original.
Ainda
além, Santo Agostinho, em um sermão do Séc. V d.C., utiliza a frase
"dilige et quod vis fac" ("ama e faze o que tu queres").
O
texto renascentista "''Hypnerotomachia Poliphili''", creditado ao
monge dominicano Francesco Colonna e com primeira publicação em 1449, possui
uma personagem chamada Thelemia, representativa da vontade ou desejo, que em
conjunto com Logistica (a razão) guiavam o protagonista Polifilo por sua
jornada em busca de sua amada.
Quase
sempre, ao ser obrigado a escolher entre os conselhos de Logistica e Thelemia,
Polifilio dava ouvidos à seus impulsos sexuais e não à lógica.
Esse
livro teve grande influência sobre outra obra de grande importância para a base
filosófica thelemica, a novela do Séc.XVI, "Gargantua e Pantagruel",
do monge franciscano François Rabelais.
Neste
texto clássico se descreve a "Abadia de Thélème", cuja única regra
consistia em "faix çe que tu veux" ("faze o que tu
queres").
Já em meados do Séc. XVIII, Sir Francis Dashwood
inscreve este adágio, que se tornaria o lema do Hellfire Club, na porta de
entrada de sua própria abadia, em Medhenmam, Inglaterra. "Gargantua e
Pantagruel" também é referenciado na novela de Sir Walter Besant e de
James Rice, Os Monges de Thelema (1878), e na utopia A Construção de Thelema
(1910), de C. R. Ashbee.
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