YGGDRASIL
Yggdrasil,
é um freixo gigante que se eleva até o cosmo. Uma raiz está no horrível mundo
de Niflheim, onde a serpente Nighogg se alimenta de cadáveres, e morde a
própria árvore.
Uma
segunda raiz situa-se em Asgard, o reino divino onde moram as Norns, três
velhas que governam o destino dos homens, cujos nomes: são Destino, Ser e
Necessidade e elas mantêm Yggdrasil viva, regando esta raiz com a água pura da
fonte do destino. Sem esforço podemos associá-las às Parcas gregas.
A
terceira raiz está em Jotunheim, a terra dos gigantes. Por baixo dessa raiz
está a fonte, onde a cabeça cortada de Mimir diz palavras duras.
Odin
pagou com um de seus olhos para beber a percepção e conhecimento dessa fonte.
Mas
foi da própria Yggdrasil que Odin, o “Pai de tudo”, o “Deus dos muitos nomes”,
obteve o segredo das runas, símbolos mágicos com os quais os homens, dali em
diante, poderiam registrar e compreender suas vidas.
Afirma-se
também que Odin bebeu longamente da sagrada poção, feita no caldeirão da
inspiração do Deus Mimir, para aprender os mistérios da vida e da morte. O
preço que pagou por este conhecimento foi a perda de um olho.
Na verdade,
o caldeirão é um antigo símbolo da Grande Deusa Mãe e, nestes mitos, podemos
facilmente observar vestígios de outros mitos, muito mais arcaicos, de um
antigo culto da lua e de magia ctônica, que aos poucos foi sendo substituído,
tornando-se secundário, aos mitos patriarcais.
Observe-se
que o número nove, é lunar, pois representa as três fases da lua (crescente,
cheia e minguante) multiplicadas por si mesmas. Na mitologia pagã, a lua era um
símbolo de inspiração, poder psíquico e do aspecto feminino da Natureza,
representado pelo atributo da eterna fertilidade da Mãe Terra.
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