TEMPLÁRIOS
Contra os Templários aprisionados
utilizavam-se a torquês (arrancava-se a panturrilha com uma torquês afiada e
nela se despejava chumbo derretido), a Roda (esta era planejada para esticar
tanto o corpo da vítima que muitos vieram a óbito), as surras e chibatadas e
tormentos indescritíveis que somente cessavam diante da confissão do que o Rei
e seu papa fantoche haviam estipulado.
Os templários deveriam confessar,
entre outras coisas absurdamente estapafúrdias que:
- Praticavam sistematicamente a
sodomia, o homossexualismo (heresia, prática antinatural e crime hediondo)
- Adoravam uma cabeça mumificada
ou um ídolo demoníaco cognominado de Baphomet.
- Em seus rituais de Iniciação
eram obrigados a renegar o Cristo e cuspir na Cruz.
O que mais causou espanto à
opinião pública foi o fato de tantos homens pios, devotados a dedicar sua vida
à causa de Cristo, em sua maioria originária de famílias nobres estivesse
envolvida em tais práticas inverossímeis sem que em décadas ninguém emitisse
qualquer palavra sobre tais heresias antes que fossem violentamentetorturados.
Nos anos que se seguiram, a ordem
foi sendo quebrada em vários países. Na Espanha e Portugal, continuou ativa na
guerra contra os muçulmanos, foi fundada por D. Dinis de Portugal, a Ordem de Cristo,
que era a mesma coisa, mas com outro nome.
Posteriormente já no século XV o
Infante D. Henrique se torna Grão-Mestre da Ordem de Cristo e inicia as Grandes
Navegações Portuguesas. Na Alemanha, os Templários desafiaram a todos para
provar sua inocência.
Na Inglaterra as torturas eram
legalmente proibidas. Embora tenha ocorrido uma única execução de um Cavaleiro
Templário em solo inglês pela Santa Inquisição, jamais se ouviu de qualquer
deles confissão alguma dos delitos que lhes eram imputados.
Na Escócia a bula Papal nunca foi
lida e nenhuma prisão foi feita. Mais tarde seriam uma das influências de uma
nova Ordem que surgiria junto as sociedades dos pedreiros-livres (os mesmos que
construíram as catedrais góticas com base nos aprendizados da Construção do
Templo de Salomão).
Há fortíssimos indícios que,
desta união entre os Templários e as Guildas de Pedreiros Medievais formaram a
base do que viria a ser a Maçonaria. Naturalmente, com o passar dos anos, todos
os que tinham justos motivos para ocultar-se dos rigores da Igreja juntaram-se
aos Maçons (Rosacruzes, Alquimistas, Pitagóricos, Órficos, Astrólogos,
Cabalistas...)
De 1307 a 1314 o Grão-Mestre
Jacques de Molay além de preceptores da Ordem como Hugo de Piraud e Godofredo
de Charney permaneceram encarcerados e submetidos às mais hediondas formas de
tortura.
Jacques de Molay contava 70 anos
de idade quando, a 18 de março de 1314 foi amarrado a uma estaca numa ilha
remota do rio Sena em companhia de seus companheiros de cela. Protestando
inocência até o último momento, as últimas palavras do último Grão-Mestre do
Templo ainda ecoam através do tempo:
“Senhor,
Permiti-nos refletir sobre os
tormentos que a iniqüidade e a crueldade nos fazem suportar. Perdoai, ó meu
Deus, as calúnias que trouxeram a destruição à Ordem da qual Vossa Providência
me estabeleceu chefe. Permiti que um dia o mundo, esclarecido, conheça melhor
os que se esforçam em viver para Vós. Nós esperamos, da Vossa Bondade, a
recompensa dos tormentos e da morte que sofremos para gozar da Vossa Divina
Presença nas moradas bem-aventuradas.
Vós, que nos vedes prontos a
perecer nas chamas, vós julgareis nossa inocência.
Intimo o papa Clemente V em
quarenta dias e Felipe o Belo em um ano, a comparecerem diante do legítimo e
terrível trono de Deus para prestarem conta do sangue que injusta e cruelmente
derramaram.”
Os gases letais interromperam o
anátema, DeMolay dobrou-se e perdeu os sentidos. O impacto inesperado deixou a
multidão estarrecida. Não esperavam essa reação, mas cada um sentiu em si o
peso da injustiça e a certeza que a maldição se cumpriria.
Quarenta dias depois, Felipe e
Nogaret receberam uma mensagem "o Papa Clemente morrera". Felipe e
Nogaret olharam-se e empalideceram, no pergaminho dizia que a morte ocorrera
entre o dia 19 e 20 de abril.
O Papa Clemente morreu pôr
ingerir esmeraldas reduzidas a pó (para curar sua febre e um ataque de angústia
e sofrimento) que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio foi
receitado por médicos desconhecidos, quando retornava a sua cidade natal. Papa
de 1305 a 1314; nascido em Villandraut (Gironde), na França, em 1264.
Em 1309, o papa fixou residência
em Avignon, cidade ao sul de França, alegando ser essa localização mais
adequada do que Roma para administrar a igreja, pois a França era politicamente
mais importante, devido as pressões de Filipe, o Belo. A sede do papado
manteve-se em Avignon por 70 anos (1307- 1377), episódio que ficou conhecido
como Cativeiro de Avignon. Clemente V deixou uma notável coleção de leis
canônicas, as Clementinae, e fundou na Europa várias cátedras de línguas
asiáticas.
Guilherme de Nogaret veio a
falecer numa manhã da terceira semana de Maio, envenenado por uma vela feita
por Evrard, antigo Templário, com a ajuda de Beatriz d'Hirson. O veneno contido
na vela era composto de dois pós; de cores diferentes:
- Cinza: Cinzas da língua de um
dos irmãos de d'Aunay , elas tinham um poder sobrenatural para atrair o
demônio.
- Cristal Esbranquiçado:
"Serpente de faraó" Provavelmente sulfocia de mercúrio. Gera por
combustão: Ácido Sulfúrico, vapores de mercúrio e compostos anidridos podendo
assim provocar intoxicações.
Morreu vomitando sangue, com
câimbras, gritando o nome daqueles que morreram por suas mãos. Guilherme de
Nogaret, descendente de cátaros, era o oficial chefe de Filipe IV e principal
conselheiro, arquitetou as acusações contra os Templários.
Nogaret já havia cometido ações
contra Bonifácio VIII: (seqüestro e espancamento) - Bonifácio VIII (Benedetto
Caetani) - Papa de 1294 a 1303; nascido em Anagni, entre 1220 e 1230.
Dedicou-se ao estudo de Direito,
sendo considerado, quando cardeal, eminente jurista e hábil diplomata.
Convenceu o Papa eremita
Celestino V a renunciar, sendo eleito em seu lugar. Entrou em choque com
Filipe, o Belo; quando promulgou a bula Clericis Laicos, proibindo o clero de
pagar impostos sem autorização papal. Depois de 1300, cresceram as dificuldades
entre Bonifácio VIII e Filipe, o Belo; que falsificou bulas e pôs os franceses
contra o Papa.
Guilherme de Nogaret, aliado a
dois cardeais da família Collona, recruta na Itália um exército, e assalta o
Palácio Anagni. Lá o Papa em seus 86 anos, dentro de seus aposentos
sacerdotais, intimado a renunciar o papado teria dito: ''Aqui está meu pescoço,
aqui está minha cabeça: morrerei, mas morrerei papa!''. Foi esbofeteado por um
dos cardeais Collona e excomungou Guilherme de Nogaret.
Permaneceu prisioneiro por dois
dias, até que a população o socorreu. Regressando à Roma, enlouqueceu devido ao
golpe e morreu blasfemando depois de quatro meses (11 de outubro). Diz-se que
morreu envenenado, fato que se atribui a Nogaret.
Felipe o Belo veio a morrer em 27
de Novembro de 1314, com 46 anos de idade, em uma caçada. Saiu a caçar com seu
camareiro, seu secretário particular e alguns familiares na floresta de
Pont-Sainte-Maxence. Sempre acompanhado de seus cães foram em busca de um raro
cervo de 12 galhos visto perto ao local.
O rei acabou perdendo-se do grupo
e encontrou um camponês que o ajuda a localizar o cervo. Achando-o e estando
pronto a atacar-lhe percebeu uma cruz que brilhava, começou a passar mal e caiu
do cavalo.
Foi achado por seus companheiros
e levado de volta ao palácio repetindo sempre " A cruz, a cruz.."
Pediu como o Papa Clemente em seu leito de morte que fosse levado a sua cidade
natal; no caso do rei, Fontainebleau. "A mão de Deus fere depressa,
sobretudo quando a mão dos homens ajuda" teria dito um dos Templários
remanescentes, jurando vingança.
Felipe, Rei da dinastia
Capetíngea. Filho de Isabel de Aragão e Felipe III, "o ousado".
Casado com Joana de Navarra. Foi excomungado por Bonifácio VIII, excomunhão que
foi levantada por Clemente V. Diz-se que Irmão Reinaldo, Grande Inquisitor de
França, que acompanhou o rei em seus últimos dias, não conseguiu fechar suas
pálpebras, que se abriam novamente. Foi assim, em seu velório, necessária uma
faixa que cobrisse seus olhos.
Segundo os documentos e
relatórios de embaixadores de que se dispõe, Chega-se a conclusão de Filipe, o
Belo, sucumbiu a uma apoplexia cerebral em uma zona não motora. A afasia do
início pode ter sido devido a uma lesão na região da base do crânio.
Seja como for, Bertrand de Got
(Clemente V) efetivamente faleceu 40 dias depois da Intimação do Grão-Mestre e
Filipe de Valois (“O Belo”) em um ano também morreu, causando grande impressão
a todos quantos testemunharam as palavras finais do Grão-Mestre do Templo.
Relembremos que a época era
cultuadora de relíquias e que os assistentes da execução colheram restos
mortais dos mártires executados usando-as como autênticas relíquias...
O Julgamento da História
De tudo o que aconteceu nos
eventos daquele tempo sombrio fica clara a crueldade de Filipe de Valois, que
não se detinha diante de nada para levar a cabo seus intentos maliciosos.
O uso sistemático da tortura
priva o ser humano da Razão e, tal como ficou provado durante os períodos de
tortura por que a humanidade tem passado (do Império Romano à Ditadura Militar
Brasileira) o supliciado confessa o que quer que o torturador queira ouvir ou
implante em sua mente.
Diante da legislação
internacional o uso da tortura para obtenção de confissões não é admissível: o
supliciado confessa qualquer coisa que o torturador queira ouvir!
Havendo sobreviventes dos
Templários e de seus pensamentos e ensinamentos em vários pontos do mundo aonde
não chegava a autoridade de Filipe de Valois ou de Bertrand de Got encontram-se
seres humanos honrados, nobres, cavalheirescos e, como já se enfatizou mais de
uma vez, um dos mais poderosos pilares de sustentação ou mesmo formação da Maçonaria
como a conhecemos hoje.
O nome do último Grão-Mestre dos
Templários, Jacques de Molay, é hoje lembrado com carinho e respeito por jovens
de todo o mundo na Ordem que recebeu o seu nome, suprema justiça histórica!
Grãos-Mestres do Templo:
Hugh de Payens - Hugo de Payns
1118/19-1136
Robert de Craon - Roberto de
Craon 1137-1149
Everard des Barres - Everardo de
Barres 1149-1152
Bernard de Tremelai - Bernardo de
Trémélay 1152-1153
Andre de Montbard - André de
Montbard 1153-1156
Bertrand de Blanquefort 1156-1169
Philip de Milly - Filipe de Nablus 1169-1171
Odo de St Amand - Odon de Saint-Amand 1171-1179
Arnold de Toroga - Arnoldo de
Torroja 1180-1184
Gérard de Ridefort 1185-1189
Roberto de Sablé 1191-1193
Gilbert Erail 1194-1200
Philip de Plessiez - Filipe de
Plessiez 1201-1209
William de Chartres ou Guilherme
Pedro de Montaigu 1219-1232
Armand de Périgord 1232-1244
Richard de Bures - Ricardo de
Bures 1244-1247
William de Sonnac ou Guilherme de
Sonnac 1247-1250
Reynald de Vichiers - Ronaldo de
Vichiers 1250-1256
Tomás Bérard - Thomas Berard
1256-1273
William de Beaujeu ou Guilherme
de Beaujeu 1273-1291
Tibald de Gaudin - Teobaldo
Galdin 1291-1293
Jacques de Molay 1293-1314
Portugal e Espanha são os dois
países onde hoje há o maior número de Comendadorias e Ordens originadas da
Ordem do Templo original.
Mas há também Comendadorias no
Brasil, muito sérias.
BIBLIOGRAFIA:
Os Templários – Piers Paul Red – Ed. Imago
Templários, os Cavaleiros de Deus – Edward
Burman – Ed. Nova Era
O Templo e a Loja – Michael
Baigent e Richard Leigh – Ed. Madras
Nascidos do Sangue – John J.
Robinson – Ed. Madras
A História Secreta da Maçonaria –
Charles W. Leadbeater – Ed. Madras
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