Cuidados com o baralho |
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Não faltam, com certeza, dicas na internet e, nas livrarias,
textos e livros que ensinem a como consagrar baralhos e sobre certos
cuidados que se deve ter com eles. Bem, como eu não tinha nada escrito
sobre isso decidi dar a minha contribuição. Como típico virginiano que
sou, considero o cuidado mais importante o que trata da higienização do
baralho. Uma vez a cada seis meses ou um ano, dependendo da
rotatividade de clientes e da frequência do manuseio das cartas, eu
recomendo que se limpe uma por uma com um pano higienizador, desses
usados para tirar o pó cheios de furinhos, umedecido com água mineral
com gás. Ajuda muito a acumular menos pó se você pedir ao seu cliente
que lave as mãos antes da consulta. A água, além de um ótimo solvente
de limpeza, é um purificador energético natural. Mandar o cliente lavar
as mãos serve para as duas coisas, por isso faça disso um hábito! |
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O segundo ponto a se observar são as condições do
baralho. Com o tempo e o uso frequente, as cartas costumam levantar
pontas, formando “orelhas” onde os clientes as puxam durante a leitura.
A aparência fica horrível! Isso quando não se usa um baralho grande
como o Thoth e as cartas ficam na forma da letra “C”, fazendo com que
ao serem deitadas com os arcanos para baixo fiquem de pé, como um gato
ouriçado, e ao serem viradas com as imagens para cima, formem aquela
letra do alfabeto. Fica difícil de deslizar na mesa e não pense que o
cliente não nota. |
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Muitos comentam comigo que o baralho desse e daquele tarólogo |
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parece um “pano de chão”, todo sujo ou amassado. E geralmente
comentem isso depois de elogiar ou simplesmente reparar no bom estado
do meu baralho que já tem quase uma década de uso. |
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Costumo fazer uma comparação com os músicos: por mais malucos
que possam parecer seus estilos musicais, eles sempre trazem seus
instrumentos devidamente embalados em sacos aveludados, além de polidos
e bem afinados. Afinal, não é só seu ganha pão. O tarô inclui a
ancestral habilidade de interpretarmos os símbolos da alma e, por isso,
pede cuidados e respeito. Assim: |
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Sobre Higiene e Cuidados |
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- Reforço a dica para que você lave as mãos antes do atendimento e recomende o mesmo a seus clientes. |
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- Guarde as cartas numa caixa de madeira,
ou num armário fechado envoltas em um pano de fibras naturais. A luz
solar, e mesmo a artificial, danifica a coloração das imagens dos
arcanos. |
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- Caso seu baralho tenha criado orelhas por causa do manuseio, ou envergado, lembre-se de que o papel se conforma.
Use sobre o maço de cartas um peso, como livros grandes de capa dura
ou outras superfícies pesadas e retas, por uma tarde ou um dia todo na
semana. Com o tempo a forma côncava ou as orelhas viram leves
ondulações, quase imperceptíveis, que conferem até um charme todo
especial ao baralho quando este é deslizado sobre a mesa. |
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- Não use incenso a base de carvão para
limpar energeticamente suas cartas, com o tempo a fuligem do carvão
vai deixando o baralho imundo, todo preto e chamuscado. Fica um troço
nojento! Use os incensos que possuam masala, uma mistura de ervas e
resinas que com o tempo deixa o papel amarelado como as páginas de um
livro antigo! Além de lindo fica muito perfumado! |
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- Evite também a mistura de água e sal,
seu uso frequente mancha ou apaga as imagens, e faz descolar o
plástico protetor nos baralhos que os possuem como o Voyager e o
Mitológico. A umidade nunca deve ser excessiva nem usada amiúde, mesmo
na receita que ensinei no início. O papel sofre muito com a ação da
água. |
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- Já ouvi uma variação enorme sobre rituais de
consagração, há os que enterram as cartas, que as lavam no mar, ou as
põe em repouso na beira da praia. Isso deixa as cartas, além de sujas e
debilitadas, totalmente impregnadas de micro-organismos que vivem no
meio ambiente. Ou seja, um criadouro de bactérias! Use cristais, velas, símbolos sagrados, símbolos radiestésicos, mantras, preces... Lembre-se de que não é só você que irá manusear esse baralho! |
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