quarta-feira, abril 27, 2011

Amenófis ou Amenhotep IV ou Akenaton



Amenófis ou Amenhotep IV  ou Akenaton




(1388 - 1335 a. C.)



Faraó egípcio da 18ª dinastia (1540-1307 a. C.), que iniciou o culto de adoração ao Sol, Aton, criando a primeira religião monoteísta de que se tem conhecimento. Tornou-se herdeiro com a morte do príncipe Tutimósis e sucedeu seu pai, Amenófis III (1353 a. C.). Começou o seu reinado atribuindo-se o título de sumo-sacerdote do deus-sol, papel tradicional dos faraós do Egito, mas até então não incorporado nos seus títulos, e formulou então um novo nome dogmático para o deus-sol, Rá-Harakhty. Essa reforma religiosa caracterizou seu reinado estabelecendo um novo culto, de caráter monoteísta, no qual Atono disco solar, substituiu os outros deuses egípcios e especialmente Amon. A nova religião expressava a gratidão humana para com o deus solar, que com seu calor dava vida a todos os homens e animais. Sua esposa principal, Nefertiti, teve papel fundamental nestas mudanças. Nos primeiros anos de seu governo desenvolveu um vasto programa de construção de edifícios em Carnaque e outras cidades, decorados com relevos em um estilo artístico inteiramente novo. Em Carnaque construiu um santuário com uma série de estátuas colossais, das quais pelo menos um quarto eram da rainha  Indisposto com os sacerdotes tebanos de Amon, começou a construir uma nova capital para o Egito, a cidade de Aketaton, o horizonte de Aton, atualmente Tell al-Amarna, e mudou seu próprio nome para Akenaton, ou servidor de Aton (1348 a. C.). Personagem eminente da longa história do antigo Egito, tornou-se, assim, o inspirador de um novo sentimento religioso que reformou as bases espirituais de seu povo. Essa preocupação com as questões religiosas distanciou o faraó dos assuntos políticos e militares, até mesmo da ameaça representada pela penetração dos hititas, no norte. O entusiasmo popular com sua nova estrutura de culto não foi suficiente para que, após sua morte, o recente monoteísmo fosse abandonado, e o povo egípcio retornasse paulatinamente às antigas modalidades religiosas. Juntamente com a reforma religiosa, esse faraó introduziu uma importante modificação na arte egípcia, que perdeu seu tradicional caráter hierático e se tornou mais naturalista. Teve seis filhas com a rainha e esposa principal, mas nenhum filho. Com sua morte a rainha Nefertiti, assumiu como regente de seu sucessor, Tutancamon, filho de uma esposa secundária, Kiya. Aparentemente pressionada pelos sacerdotes de Amon e pelos cortesãos hostis ao monarca, a mudou seu nome para Smenkhare até que passou o trono para o enteado, quando este tinha apenas sete anos de idade, por isso conhecido como o faraó-menino, mas que foi muito bem preparado para ser faraó pela avó, a rainha Ti, esposa de Amenófis III.





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