A iluminação do Osho
Para
Osho não havia escapatória, não havia atalhos. Ele sabia muito bem que estava
diante de um momento muito crucial em sua vida e que poderia pirar, por uma
falta de atenção, ou se perdesse a paciência, ou se lhe faltasse a coragem. De
novo, foi a ausência de um mestre que criou esta situação tão crítica. A sua
busca foi longa e árdua, mas ele não conseguiu encontrar nenhum. ‘É muito raro
encontrar um mestre’, ele confidenciou.
É raro encontrar um ser que tenha se tornado um não-ser, raro encontrar uma
presença que é quase uma ausência, raro encontrar um homem que é simplesmente
uma porta para o divino, uma porta aberta para o divino que não irá impedi-lo,
através da qual você poderá passar. É muito difícil… Sim, algumas vezes acontece
que a pessoa tem que trabalhar sem um mestre. Se o mestre não está disponível,
então a pessoa tem que trabalhar sozinha, mas neste caso a jornada é muito
perigosa.” Esta situação tremendamente intensa e desafiadora durou todo um ano.
Ela colocou Osho no mais difícil estado da mente. Ele fez uma descrição do que
aconteceu com ele durante esse período.
Por um ano foi quase impossível saber o que estava acontecendo… Manter-me vivo
simplesmente já era uma coisa difícil, porque todo o meu apetite desapareceu.
Os dias passavam e não sentia fome alguma e não sentia sede. Eu tinha que me
forçar a comer e a beber. O corpo era tão não-existencial que eu tinha que me
machucar para sentir que ainda estava no corpo, eu tinha que bater em minha
cabeça para sentir se ela ainda estava ali ou não. Só quando doía eu me sentia
um pouco no corpo.
Toda manhã e toda tarde eu corria de oito a doze quilômetros. As pessoas
achavam que eu tinha enlouquecido. Por que eu estaria correndo tanto? Vinte e
quatro quilômetros num dia! Era apenas para eu me sentir, para não perder o
contato comigo mesmo... Eu não conseguia falar com ninguém porque tudo havia se
tornado tão inconsistente que até mesmo formular uma frase era difícil. No meio
da frase eu me esquecia do que estava dizendo, no meio de um caminho eu me
esquecia para onde eu estava indo. Daí, eu tinha que voltar...
Eu tive que permanecer fechado em meu quarto. Eu decidi não falar, não dizer
coisa alguma, porque se dissesse algo, era o mesmo que dizer que eu estava
louco.
Por um ano isso persistiu. Eu simplesmente me deitava no chão, olhava para o
teto e contava de um até cem e depois de cem até um. Manter a capacidade de
contar era pelo menos alguma coisa. Repetidas vezes eu me esquecia. Levou um
ano para que eu recuperasse o foco novamente, para que voltasse a ter uma
perspectiva.
Não havia ninguém para me dar um suporte, ninguém a me dizer para onde eu
estava indo e o que estava acontecendo. Na verdade, todo mundo era contra… meus
professores, meus amigos, os que me queriam bem.” Durante esses tempos
difíceis, Kranti cuidou muito do Osho e tomou conta de todas as suas
necessidades com amor e dedicação. Kranti era sua prima. Muitas vezes Osho
reclamava de acentuadas dores de cabeça, o que trazia grandes preocupações para
ela. Ela e seu irmão Arvind quiseram muito fazer algo para encontrar uma cura
para as sofridas dores de cabeça do Osho. Mas ele lhes dizia amorosamente para
não se preocuparem, pois nada poderia ser feito a respeito daquelas dores.
O pai de Osho também falou a respeito dessas dores de cabeça. Certa vez a dor
se tornou tão aguda que Kranti e Arvind enviaram uma mensagem urgente para
Gadarwara e Dada teve que correr para Jabalpur. Dada pensava que as dores de
cabeça eram causadas pelas longas leituras que Osho costumava fazer. Ele
lembrou como Osho, em Gadarwara, simplesmente ficava fazendo aplicações de
bálsamo em sua testa para acabar com a dor, mas sem interromper suas leituras.
A mãe de Osho também se recordou de um antigo incidente quando Osho teve uma
tormentosa dor de cabeça e o sangue começou a escorrer pelo seu nariz. Ela
ficou preocupada, mas felizmente, depois de um tempo o sangue estancou. Mas as
dores ...
...de cabeça daqueles anos de faculdade não
pareciam estar relacionadas com esse seu hábito de leitura. Ao invés disso,
elas eram devido ao estado psicológico pelo qual Osho estava passando.
Vendo suas condições físicas e psicológicas, a família começou a suspeitar que
devia ser verdadeira a previsão do astrólogo de que Osho iria morrer aos vinte
e um anos. Eles o levaram de um médico a outro. Só Osho sabia que esse esforço
desesperado não tinha sentido. Ele insistia que não havia necessidade de ser
examinado por um médico, porque nenhuma medicação iria lhe fazer bem. Osho
descreve uma notável visita a um médico: Eu fui levado também a um vaidya, um
médico. Na verdade eu tinha sido levado a muitos médicos, mas apenas um vaidya
Ayurvédico disse ao meu pai: ‘ele não está doente. Não desperdice o seu tempo’.
Naturalmente, eles estavam me arrastando de um lugar a outro. E muitas pessoas
me recomendavam medicações, mas eu dizia ao meu pai, ‘Por que você está
preocupado? Eu estou perfeitamente bem.’ Mas ninguém acreditava no que eu
estava dizendo. Eles diziam. ‘Fique quieto e tome a medicação. O que há de errado
nisto?’ Então, eu tomei todo tipo de medicação.
Apenas um vaidya era um homem de insight. Seu nome era Pundit Bhagirath Prasad…
Aquele velho médico já se foi, mas ele era um raro homem de insight. Ele olhou
para mim e disse, ‘Ele não está doente. E começou a chorar e a dizer, ‘Eu tenho
buscado por este estado em toda a minha vida. Ele é afortunado. Nesta vida eu
perdi essa oportunidade. Não o leve a mais ninguém. Ele está chegando em casa’.
E ele chorou lágrimas de felicidade.
Osho - dias antes da iluminação Ele tornou-se o meu protetor contra os médicos.
Ele disse ao meu pai, ‘Deixe ele comigo. Eu cuidarei dele.’ Ele nunca me deu
qualquer medicação. Quando meu pai insistia, ele me dava pílulas de açúcar e
dizia. ‘Estas pílulas são de açúcar. São apenas para consolá-los. Você pode
tomá-las. Elas não lhe farão nenhum mal, mas também nenhuma ajuda. Na verdade,
não existe ajuda possível.” A leitura física das condições do Osho estava
correta, porque seu mal não era comum, ele não era um paciente ordinário. Osho
conhecia suas condições e suas causas melhor do que qualquer médico experiente.
“Agora, aquilo estava além de mim, já estava acontecendo. Eu tinha feito alguma
coisa. Sem saber, eu tinha batido na porta. Agora a porta estava aberta. Eu
havia meditado por muitos anos, simplesmente me sentando silenciosamente e nada
fazendo. Pouco a pouco eu comecei a entrar naquele espaço, aquele espaço do
coração, onde você está, sem fazer coisa alguma; você simplesmente está ali,
uma presença, um observador.” A intensidade das meditações de Osho continuou a
se aprofundar. Suas experiências estavam levando-o a uma grande explosão. De
todas as meditações que ele costumava fazer, uma era particularmente poderosa,
a que ele costumava fazer no topo de uma árvore. Uma fascinante experiência
ocorreu em Saugar, em Madhya Pradesh, aproximadamente um ano antes que o grande
feito acontecesse. Enquanto cursava a faculdade em Jabalpur, Osho foi convidado
a participar de um debate patrocinado pela Universidade de Saugar. Osho esteve ali
por três dias e ele descreve o que aconteceu: “Eu costumava sentar-me numa
árvore e meditar à noite. Muitas vezes eu sentia que quando eu meditava sentado
no chão, o meu corpo ficava com muito poder e eu tinha que ficar com as mãos
para cima, talvez porque o corpo é feito com a matéria terra. O que se fala a
respeito de iogues indo para os topos das montanhas ou para as alturas do
Himalaia, certamente não é em vão, mas definitivamente baseado em princípios
científicos. Quanto maior a distância entre o corpo e a terra, menor fica a
força ou pressão física do corpo... E o poder da força interior aumenta. É por
isto que eu costuma trepar em árvores altas e me absorvia em meditação por
horas, toda noite.
Uma noite, eu estava tão entregue à meditação que eu não sabia que meu corpo
havia c... ...aído da árvore. Eu olhei com desconfiança quando vi meu corpo
deitado no chão. Eu estava surpreso com o acontecido. Eu não conseguia entender
como aquilo aconteceu, pois eu estava sentado na árvore e meu corpo estava deitado
no chão. Era uma experiência muito embaraçosa. Uma linha luminosa, uma corda
brilhante prateada partia do umbigo do meu corpo e unia a mim no alto, onde eu
estava empoleirado na árvore. Aquilo estava além da minha capacidade de
entender, ou prever o que iria acontecer depois, e eu me preocupei a respeito
de como eu iria retornar ao corpo. Por quanto tempo aquele transe durou, eu não
sei, mas aquela era uma experiência única que eu nunca tinha tido antes.
Naquele dia, pela primeira vez, eu vi o meu corpo de fora e, desde então, a
mera existência física do meu corpo findou para sempre. Desde aquele dia,
também a morte deixou de existir, porque eu experienciei então que o corpo e o
espírito são duas coisas diferentes, separados um do outro. Aquele foi o
momento mais importante: a minha percepção do espírito que está no interior de
todo corpo humano.
É realmente muito difícil dizer quanto tempo durou aquela experiência. Quando a
manhã chegou, duas mulheres de algum povoado da vizinhança passaram por ali carregando
leite e viram o meu corpo. Do topo da árvore, onde eu estava sentado, eu as vi
olhando para o meu corpo. Elas aproximaram-se e sentaram-se ao lado. Elas
tocaram minha testa com as mãos e no mesmo instante, como se por transparente
força de atração, eu retornei para meu corpo e os olhos se abriram.
Osho - após a iluminação Eu percebi que uma mulher consegue criar uma carga de
eletricidade no corpo de um homem e da mesma maneira um homem ao tocar no corpo
de uma mulher. Então eu ponderei sobre a coincidência do toque da mulher em
minha testa e meu imediato retorno ao meu corpo. Como e por que tudo aquilo
aconteceu? Muitas outras experiências deste tipo ocorreram comigo e eu
compreendi porque na Índia aqueles espiritualistas que conseguem experimentos
de samadhi (um estado ininterupto de pura consciência) têm mulheres a colaborar
com eles. Se em profundo samadhi, o ser espiritual, tejas sharira, sai do corpo
físico do homem, ele não consegue retornar ao corpo sem a cooperação e
assistência de uma mulher. Tão logo o corpo de um homem ou mulher entra em
contato, uma corrente é estabelecida e um círculo elétrico se completa. E
naquele exato momento, a consciência do espírito que havia saído, retorna.
Depois disso eu experienciei este fenômeno seis vezes num período de seis
meses. Durante aqueles seis meses cheios de eventos, eu senti que a duração da
minha vida reduziu-se em dez anos, ou seja, se eu fosse viver setenta anos,
agora, com aquelas experiências, eu iria viver apenas sessenta anos. Tais experiências
extraordinárias, eu tive naqueles seis meses. Os pelos em meu peito
esbranquiçaram e eu não consegui compreender o significado de todos aqueles
acontecimentos. Então eu pensei e percebi que toda conexão ou ligação que havia
entre este corpo físico e o ser espiritual estava interrompida e o ajuste que
havia naturalmente entre eles, estava rompido.” Na medida em que Osho entrou
mais fundo nos mistérios da meditação, seus questionamentos desapareceram. O
seu fazer cessou, a sua busca chegou a um ponto onde não havia mais aonde ir.
Assim como aconteceu por ocasião da morte de seu avô, Osho foi trazido ao seu
centro, mas agora isso era para sempre. Osho relata que bem no fundo existe o
vazio, não existe qualquer fazedor. Ele deixou a ambição, ele não tinha desejo
algum de se tornar alguém, ou de chegar a algum lugar. Ele não se preocupava
com Deus ou com nirvana. ‘A doença do Buda havia desaparecido
completamente...’, disse Osho.
O momento oportuno havia chegado. As portas se abriram, o amanhecer já não estava
longe. Nas palavras do Osho: “Um dia uma condição sem questionamento chegou.
Não é que eu tenha recebido uma resposta. Não. Ao invés disso, todos os
questionamentos simp... ...lesmente se desmontaram e um grande vazio foi
criado. Era uma situação explosiva. Viver naquela condição era tão bom quanto
morrer. E então, a pessoa que estava fazendo as perguntas, morreu. Depois
daquela experiência de vazio, eu não tive mais perguntas. Todos os assuntos
sobre os quais as perguntas poderiam ser feitas, não mais existiam. Depois
disso, nenhum questionamento permaneceu.” O próprio Osho não revelou o
acontecimento da iluminação para ninguém por quase vinte anos. A história
apareceu mais dramaticamente numa noite quando Osho estava morando nos
apartamento no Woodland em Bombaim. Kranti, a sua prima, era muitas vezes
indagada pelos amigos se ela sabia quando Osho se iluminou. Ela não podia lhes
dizer porque ela não sabia. Mas sempre havia alguém novo perguntando a respeito
disso, e ela sentia um impulso de tentar saber isso do próprio Osho.
Finalmente, Kranti perguntou ao Osho a respeito de sua iluminação: “Na noite
passada, 27 de novembro de 1972, a curiosidade que eu carregava era tanta que
se tornou incontrolável. Aproximava-se das onze e trinta. Após tomar seu leite,
Osho foi para a cama. Eu também estava deitada na minha cama quando de repente
eu senti como se estivesse perguntando Osho quando ele tinha alcançado a
iluminação. Logo após ter me ocorrido esse pensamento, eu lhe perguntei.
‘Quando você alcançou a iluminação?’ Osho riu e disse, ‘Foi você mesma que se
sentiu inspirada a querer saber isto ou é porque as pessoas ficam lhe
perguntando?’ Eu disse, ‘Ambas as coisas são verdadeiras, por favor me diga.’
Osho começou a rir novamente e disse, ‘Eu vou lhe dizer em outra hora.’ Eu
disse, ‘Eu quero saber exatamente agora.’ Ele disse, ‘Comece a pensar e você
saberá’.
Permaneci quieta por um tempo. Então, eu disse, ‘Eu acho que você alcançou a
iluminação com a idade de vinte e um ou vinte e dois anos, quando você estava
cursando o segundo ano da Faculdade. Logo que eu mencionei isto, Osho disse um
pouco mais seriamente, ‘A idade era vinte e um e não vinte e dois.’ Daí eu
fiquei curiosa a respeito da data e do ano e lhe perguntei.
Osho disse, ‘Foi no dia 21 de março de 1953.’ Depois de algum silêncio, eu
perguntei novamente, ‘Onde aconteceu? Alguma coisa fora do normal aconteceu
naquele dia?’ Osho disse, ‘Tente recordar, e você irá se lembrar de tudo.’ Eu
permaneci deitada em silêncio e lembrei-me de uma noite, vinte anos atrás. Eu
disse, ‘Aquela noite quando, de repente, você disse que estava saindo e só
retornou às três horas.’ Osho disse, ‘Exatamente, foi precisamente naquela
noite.’ Eu não podia acreditar que o que eu tinha visto era verdadeiro. E aqui
estava Osho me dizendo que aquilo era mesmo verdadeiro. Eu conseguia ver no
passado? Tudo era montado por ele. Ele estava fazendo tudo. Enquanto tais
pensamentos estavam gritando em minha mente, uma outra curiosidade surgiu: a
que hora da noite, onde, em que lugar Osho se iluminou?Imediatamente eu lhe
perguntei, ‘Onde você foi naquela noite?’ Osho disse, ‘Ao Bhanvartal Garden.’
Em seguida ele acrescentou, ‘ao jardim’ e eu me lembrei de uma árvore. Eu
disse, ‘Você foi ao jardim e sentou-se sob a arvore ashoka.’ Ele disse, ‘Não,
eu estava sob a árvore maulshree.’ Então eu perguntei, ‘Uma vez que você estava
no jardim entre as doze e as três horas, a que horas da noite o acontecimento
teve lugar?’ Ele disse, ‘Recorde e você se lembrará.’ Eu fiquei em silêncio por
um momento e todas as cenas daquela noite começaram a aparecer diante de meus
olhos: como ele saiu de casa, como ele me acordou suavemente e disse que estava
saindo e que não sabia quando iria retornar. Ele saiu logo após me dizer
aquilo, e eu fiquei acordada por toda a noite esperando o seu retorno.
Então, todo o acontecimento começou a se revelar para mim. Eu pude até mesmo
recordar-me de sua postura corporal: mudra. De alguma forma eu pude perceber
que o acontecimento deve ter sido às duas horas. E logo que me veio esta idéia
de duas horas, eu falei com Osho.
O... ...sho - após a graduação Ele disse, ‘Aconteceu exatamente às duas horas.
Agora você pegou tudo certo.’ De novo eu estava espantada, mas tão alegre que
foi impossível dormir. Várias vezes eu tinha a sensação que estava acordando
todo mundo e lhes contando o que eu tinha ficado sabendo.” O próprio Osho deu
as seguintes razões para não revelar a história de sua iluminação por quase
vinte anos: Muitas pessoas me perguntavam porque eu permaneci em silêncio a
respeito de minha iluminação ter ocorrido em 1953. Por quase vinte anos eu
nunca falei a este respeito com ninguém, a não ser que alguém suspeitasse por
si mesmo, a não ser que alguém perguntasse por conta própria...’Eu sinto que
alguma coisa aconteceu com você. Eu não sei o que é, mas uma coisa é certa:
alguma coisa aconteceu e você não é o mesmo como nós somos e você está
escondendo isso.’ Naqueles vinte anos, não mais que dez pessoas me perguntaram,
e mesmo assim eu evitei-as o máximo que pude, a não ser quando eu sentia que
seu desejo era genuíno. Eu lhes contava somente após eles prometerem manter o
segredo. E todos eles cumpriram. Agora, todos eles são sannyasins… Eu disse,
‘Esperem, no momento certo eu farei a declaração.’ Eu aprendi muito com os Budas
do passado. Se Jesus tivesse ficado quieto a respeito de ser o filho de Deus,
teria sido muito mais benéfico para a humanidade.” Osho decidiu não fazer essa
revelação até que ele parasse de viajar pelo país, pois tornar isto conhecido
significaria um grande risco para a sua vida.
Tradução: Sw. Bodhi Champak.
Este texto foi enviado para o tradutor há uns 15 anos, sem a indicação da
fonte. As citações do Osho estão bem próximas, mas não exatamente iguais a
certos trechos constantes no livro “Autobiografia de um Místico Espiritualmente
Incorreto”, o que pode sugerir apenas variantes nas traduções.