Novas Crianças, Novos Homens
De Yamileth Garcia Sosa
Segundo os adeptos da psicoespiritualidade,
hoje uma das mais modernas disciplinas científicas, nosso planeta está
começando a ser povoado por uma nova raça humana, mais sensível e democrática,
menos autoritária e manipuladora. Tratam-se de seres humanos muito especiais,
gerados sob métodos estritamente naturais, nesta época marcada pelas
fertilizações dentro de laboratórios e de clones de animais e plantas.
São crianças tão terrestres como seus pais,
a única diferença é sua tarefa espiritual de impulsionar mudanças na
humanidade.
Os especialistas as chamam de Crianças
Índigo, e atribuem a elas grande dose de intuição, inclusive telepatia,
qualidades de prever o futuro, e até reconhecer a presença de seres etéreos
como as fadas e os duendes que, segundo alguns, nos rodeiam. Além disso, têm a
capacidade de ver os espectros da luz, escutar todos os tipos de sons, e
apresentam uma relevante hipersensibilidade tátil. Como se isso fosse pouco,
alguns ainda chegam ao mundo com o dom da cura.
Mas por quê vêm ao planeta Terra? Segundo a
pesquisadora da Psicoespiritualidade (conceito que se refere a psicologia
transpessoal, onde se une o conhecimento do ego e da alma), a vinda dos novos
homens não é uma casualidade. Pelo contrário, possuem uma tarefa específica a
cumprir.
"Muitas das crianças que chegam ao
planeta vêm com a missão de elevar a energia vibratória, e possuem melhores
condições biológicas para lidar com as impurezas criadas pelo homem. Trazem um
potencial de mudança dentro de seu DNA. São a ponte de conexão entre a terceira
e a quarta dimensão", ressalta Maria Dolores Paoli, psicóloga venezuelana
praticante desta nova tendência, a psicoespiritualidade.
Segundo esta especialista, as Crianças
Índigo nascem em todas as classes sócio-econômicas e caracterizam-se,
basicamente, por possuir um novo estado de consciência. Contudo, destaca Paoli,
também existem certos traços físicos que distinguem estas crianças: "São
magros, têm olhos grandes, ligeiramente acentuados no lóbulo frontal,
geralmente canhotos ou ambidestros. Comem pouco, e inclusive, alguns são
vegetarianos por não suportar a carne".
Mas não se trata de uma minoria de crianças
especiais: esta nova raça, estima a analista, abrange cerca de 80% da população
infantil mundial.
Valores Renovados
De acordo com Paoli, a educação e os
valores transmitidos à criança, devem ser revisados pelos pais e especialistas.
E por isso é preciso levar em consideração, antes de tudo, que as Crianças
Índigo não aceitam a imposição nem a autoridade, recusam a manipulação, a
falsidade e a desonestidade. Muito menos aceitam os velhos truques de
disciplina baseados no medo e na culpa.
"Estes pequenos seres gostam de ser
tratados e honrados como indivíduos", esclarece Paoli em seu Material de
Apoio para a Educação das Crianças do Futuro. Nele a especialista considera que
a educação emocional deve estabelecer-se na visibilidade e transparência.
"Não se deve envergonhar, culpar,
mentir e nem gritar com as Crianças Índigo. Pelo contrário, é preciso preservar
sua auto-estima. Deve se oferecer a oportunidade de escolha e, ao mesmo tempo,
evitar a comparação. Devem receber disciplina sem emoção", acrescenta a
psicóloga.
Outras sugestões para a educação emocional
na infância é estimular sua superioridade, mas não a competição entre
indivíduos. E também inserir bom humor durante sua educação.
Segundo Paoli, existem palavras chaves
durante o processo de ensino destes pequenos, que devem ser administradas de
acordo com sua idade biológica, baseados nas Sete Leis Espirituais para os
Pais. Por exemplo, até o primeiro ano de vida, os vocábulos essenciais são
amor, afeto e atenção. "Os bebês devem ser tocados, abraçados, se sentir
seguros e também é preciso brincar com eles", explica.
Depois, entre o primeiro e o segundo ano,
destaca-se os termos liberdade, respeito e estímulo. "Durante esta etapa
eles experimentam o desapego dos pais. Não se pode condicioná-los através do
medo. Temos que evitar que a criança associe a dor, ao mal ou a fraqueza. Caso
contrário, não haveria espaço para o crescimento espiritual", afirma
Paoli.
Mérito, explorar e aprovar, são as palavras
chaves entre os 2 e 5 anos. Época na qual o menor passa do Eu sou para o Eu
Posso. Se for reprimido e não se sentir encorajado, ele será um adulto incapaz
de enfrentar qualquer desafio", enfatiza a especialista.
Depois, entre os 5 e 8 anos, a criança já
assimila conceitos mais abstratos. Por isso deve-se administrar os termos: dar,
repartir, aceitar, verdade e não julgar. " Eles adoram dividir quando
sentem amor. Mas se aprendem que para dar, é preciso perder algo, nunca saberão
o verdadeiro significado da entrega. E quanto à verdade, devem aprender que vem
acompanhada de um sentimento agradável e não como um precedente de um problema,
caso fosse ocultada".
Depois, entre os 8 e 12 anos, agora não tão
pequenos, eles aprendem como e por quê funcionam as coisas. Nesta etapa as
palavras chaves são: juízo independência, discriminação e reflexão.
Em seguida, entre os 12 e 15 anos, a
criança já na adolescência, exige que os pais utilizem termos como a
experiência, a responsabilidade e estar alerta. "As que aprenderam as
lições da educação espiritual, têm total confiança em seus pais. Do contrário,
se sentiriam confusos, não resistiriam as pressões amigáveis e buscariam
experiências indiscriminadas".
De acordo com Paoli, os colégios e os
demais centros educativos, devem estar atentos para reconhecer a presença das
Crianças Índigos dentro das salas de aula. Em sua opinião, estes alunos não
correspondem aos métodos de ensino tradicionais. Pelo contrário, afirma a
psicóloga, "aprendem de forma reflexiva e participante, não através da
memorização. Por isso, não se deve estranhar que muitos destes pequenos sejam
classificados como crianças problemas, já que se dispersam com grande
facilidade durante as aulas".
NOVO CURRICULUM ESCOLAR
A presença desta nova raça humana está
ajudando nas modificações, inclusive dentro do sistema escolar. O novo
curriculum, segundo Paoli, será baseado no desenvolvimento da consciência,
honestidade e responsabilidade, manifestando-se no pensamento intuitivo e
crítico em busca de soluções. "Será um sistema igualitário, autônomo,
integral e flexível", afirma a psicóloga. Esta reforma educativa incluirá
nas escolas matérias como: compreensão e responsabilidade do poder, soluções
pacíficas de conflitos, economia ética, ciência e espiritualidade, entre outras
novidades.
Yamileth Garcia Sosa, jornalista
venezuelana que residente em Miami, escreve sobre temas atuais relacionados com
a América Latina.
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